sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pesquisa empreendedora ajuda o Brasil a se conhecer

A manchete que chamou a atenção foi: “Brasil ganha duas posições e sobe para 38º em ranking mundial de competitividade”. Mas, para chegar a esta conclusão é necessário que sejam levantados dados que permitam dar base a esta conclusão.

O IMD - International Institute for Management Development, importante escola de formação de executivos da Suíça, prestigiadíssima pelo seu ensino baseado estudos de casos e pelas suas pesquisas, em parceria com a FDC - Fundação Dom Cabral, possivelmente a escola de formação de executivos brasileira mais conceituada em padrões internacionais, desenvolveram pesquisas que permitiram mostrar como as empresas brasileiras estão, nesse momento, em indicadores que permitem compreender seus pontos fortes fracos e fortes, os aspectos que tem melhorado e aqueles que necessitam receber um tratamento de correção.

Essa pesquisa analisou 58 países do mundo: no aspecto “Eficiência dos Negócios”, o Brasil melhorou três posições em relação aos demais países pesquisados e passou a ocupar o 24º lugar. O PIB Brasileiro, ao redor de 1,6 trilhões de dólares, foi o 8º dentre os analisados.

Além dos números, sob o ponto de vista qualitativo, foi possível observar maior produtividade empresarial e capacidade de geração de empregos. Talvez seja o aspecto mais importante a comemorar. A classificação em si, atribuindo ao nosso país a 38ª colocação não é tão importante, estamos em tempos de muita mudança no mundo e este dado pode ser efêmero, pois se trata de uma comparação com situações momentâneas de 57 outras economias. Mas, o fato de melhorarmos em relação a nosso próprio desempenho tem um significado positivo indubitável.

O que podemos mais analisar é que continuamos a perder terreno pela nossa inércia em corrigir nossas tradicionais deficiências: por exemplo, em infraestrutura, perdemos 3 posições e estamos no 49º lugar; na saúde, também perdemos 3 posições e ocupamos a 53ª. Continuamos a investir pouco em educação básica, cerca de mil dólares ano por aluno, o que é metade do que nossos vizinhos (Argentina, Chile e México) disponibilizam por aluno a cada ano. Nem pensar em comparar com a Comunidade Européia, onde se investe seis vezes mais que no Brasil.

Agora, graças a pesquisas empreendedoras, temos os dados em nossa mão e só nos restar olhar para o que devemos fazer para reverter os números pouco promissores. Novamente, devemos usar os métodos que aprendemos no empreendedorismo: planejar, conseguir recursos para executar o plano e colocar em marcha, com persistência e continuidade, as ações para reverter esta situação crônica em que vivemos, sempre esperando que um milagre aconteça e que nossa infraestrutura deixe de ser nosso calcanhar de Aquiles.

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