sábado, 28 de agosto de 2010

A educação e a tecnologia

Vamos fazer uma primeira reflexão sobre o futuro da educação e a oferta de recursos que a tecnologia nos apresenta. Evidentemente, antes de se tratar do efeito da tecnologia, cabe constatar que a educação na sociedade da informação em que vivemos ampliou sua importância no sentido horizontal. Educação não ficou mais importante para as camadas que já participavam da chamada intelectualidade: para ela, o desafio de se manter atualizado passou a ser mais difícil. Quando falamos em ampliação no sentido horizontal, nos referimos à necessidade de que mais gente perceba hoje que precisa ampliar seu patamar de conhecimentos (e em alguns aspectos, aprofundar) para conseguir um importante espaço de trabalho no mercado.
Posto isto, para as entidades de ensino, surge o desafio de oferecer seus cursos a um maior numero de pessoas. Para cada uma, o desafio é manter-se estudando continuamente, uma vez que há necessidade de atualização e de aprofundamento do conhecimento.
A tecnologia vem em seu auxílio oferecendo maior acesso aos meios de comunicação e trazendo a Internet como um parceiro essencial onde se podem encontrar cursos, espaços de discussão de temas, locais para publicação do conhecimento de forma que ele seja disponibilizado a pessoas que façam parte de uma tribo classificada.
Esta junção da necessidade com a oferta que a tecnologia nos aporta, vem no momento certo, mas aponta para uma reformulação significativa do ensino: a oferta de conteúdos, assim como a imensa variedade de temas, certamente deve aumentar, e o uso da mídia digital será intensificado. Para viabilizar esta nova era o preço unitário do conteúdo oferecido vai diminuir, devendo aumentar o ganho dos seus fornecedores, em face da ampliação do mercado.
Não haverá apenas um crescimento da quantidade de pessoas procurando conteúdos, mas o tempo que cada um irá dedicar a aprender algo novo será maior, o que se viabilizará pelo melhor aproveitamento do tempo, substituindo deslocamentos pela utilização de Internet ou pelo acesso pelos telefones celulares. Será primordial cuidar da produtividade do leitor.
Também a forma de levar essas informações aos seus interessados vai mudar: haverá necessidade de repensar como facilitar a aprendizagem nessas novas mídias.
Para os leram o célebre artigo de Peter Drucker sobre o ensino à distância que foi divulgado em 1995 poderão dizer que a sua profecia já se realizou e que agora estamos surfando um novo estágio. Dizia o velho mestre:
"O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho." (Peter Drucker)

Atenção aos jovens empreendedores: aí está um filão imenso de oportunidades a serem exploradas.

domingo, 22 de agosto de 2010

As empresas nascentes e sua trajetória até a adolescência.

Nas duas últimas semanas falamos muito sobre empresas que chegaram ao sucesso e que já estão caminhando na direção de se tornar empresas de capital aberto. Entretanto, o caminho é longo para se chegar neste ponto e vale a pena tratar desse assunto.
Uma empresa começa a ser concebida pela atitude de seu empreendedor, observando a realidade e procurando uma oportunidade em sua área de interesse. Há necessidade de seguir um método nesta busca: observar a realidade em busca de não conformidades. É nelas que estão as oportunidades de mudar. É aí que se podem encontrar as pérolas.
Você busca encontrar a forma de solucionar a não conformidade: imagine a cena - um egípcio no deserto tenta decifrar um enigma sob a ameaça de um animal tenebroso que o irá trucidar se não encontrar a solução. Esta é a maneira como os empreendedores se encontram quando já conseguiram capturar a oportunidade e ainda não acharam a maneira de estabelecer um negócio que efetivamente a aproveite e crie valor para as pessoas que quiserem vencer aquela dificuldade.
Muitas empresas assim se formam, começam e vão dando certo. Seus empreendedores se sentem felizes. Mas, a maioria não se contenta só com isso: se chegaram até ali querem ver seu empreendimento crescer e ganhar escala. Nessa hora é preciso planejar de novo e projetar como crescer o percentual ambicionado no tempo devido, com os recursos que foram conseguidos.
Nesse momento começamos uma nova etapa: essa é uma fase difícil e dela pode resultar uma empresa que decolou e que vai voar alto. Mas, a maioria das vezes, o que temos é uma empresa "adolescente".
A empresa adolescente é aquela que não sai do estágio de nascente para se constituir numa empresa estabelecida: vive todo o tempo aos sobressaltos, ora com boas vendas e com problemas de entrega na data e na qualidade esperada pelos seus clientes, ora com problemas de vendas abaixo do ponto que podem torná-las lucrativas.
As causas desta adolescência prolongada são muitas e podem ser resumidas em uma só palavra: gestão. Má gestão é um mal das empresas emergentes que não conseguem passar a ser empresas estabelecidas e que ficam no caminho, como eternas adolescentes.
Escrevam-nos para enviar características que você tenha observado numa empresa adolescente.

domingo, 15 de agosto de 2010

Empreendedorismo brasileiro atinge a maturidade: os casos MODULO e AFFERO.

Ainda estamos comemorando o sucesso da MODULO, que ao fazer 25 anos com muito brilhantismo, nos faz pensar em como o empreendedorismo evoluiu neste país durante este quarto de século.
Não havia cursos para capacitar o empreendedor para planejar seus empreendimentos nem existiam incubadoras que lhes dessem apoio na implantação de suas empresas: a MODULO viveu esta época e seus sócios sabem a falta que tudo isso fez.
Por outro lado, a AFFERO, formada a partir de três empresas originalmente incubadas no Instituto Genesis da PUC-Rio, Eduweb, Quickmind e Milestone, cobre um amplo espectro das necessidades da área de recursos humanos das empresas, especialmente em ensino à distancia, gestão de competências e de conhecimento.
Hoje, muitas universidades oferecem cursos na área de empreendedorismo, além do SEBRAE, Endeavor e outras entidades. O ensino de empreendedorismo é fundamental para orientar o empreendedor e ampliar a probabilidade de sucesso de seus empreendimentos.
Incubadoras já são aproximadamente 450: a maioria delas está em Universidades e muitos projetos são desenvolvidos em conjunto com seus laboratórios. A capacidade instalada dessas incubadoras está em cerca de 6.000 empresas incubadas residentes simultaneamente e mais a possibilidade de orientar muitas empresas não residentes.
Hoje, se Fernando, Alberto e Álvaro fossem criar a MODULO a partir do zero, estamos convencidos de que poderiam chegar onde estão agora com maior segurança e rapidez, em face desses recursos oferecidos.
Por isso, já estamos podendo trazer exemplos de empresas que nasceram sob a égide de incubadoras e seus empreendedores fizeram cursos que lhes orientaram em como planejar e implantar seu empreendimento. Já sabemos até criar uma grande empresa, líder de segmento, capaz de atrair investidores para acelerar seu desenvolvimento.
Não pensem, entretanto, que estamos com o jogo ganho: há muito por fazer e vamos tratar disso nos próximos posts e gostaríamos de receber de vocês as sugestões de quais os pontos importantes que precisam ser desenvolvidos pelo empreendedorismo brasileiro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Empreendedorismo brasileiro atinge a maturidade e gera empresas líderes de mercado – MODULO faz 25 anos

Há cerca de cindo anos, quando Aranha e eu conversávamos sobre o estágio de evolução do empreendedorismo brasileiro, ficamos felizes com tudo que havia sido alcançado até então e, em seguida, pensamos sobre o que ainda estava para ser feito.
Nossa conclusão foi que, até aquele momento, havíamos aprendido a desenvolver empresas pequenas, com o trabalho conjunto do ensino de empreendedorismo e das incubadoras que auxiliavam os jovens empreendedores. Mas, não havíamos conseguido criar empresas grandes, que fossem líderes de sua área de atuação no mercado. Isso ainda estava faltando.
Desde então, nos impusemos o objetivo de ajudar ou, pelo menos, de participar da torcida para que esta barreira fosse rompida. Enquanto isso, três jovens empreendedores – Fernando Nery, Alberto Bastos e Álvaro Lima, todos da mesma turma da UFRJ - trabalhavam incessantemente para transformar a MODULO em uma empresa líder do mercado, na área de informática, com soluções para automatização de GRC – Governança, Riscos e Compliance, com atuação em desenvolvimento de software, consultoria e educação, sempre buscando soluções inovadoras.
Hoje, nossa MODULO está completando 25 anos e o empreendedorismo brasileiro comemora com ela o expressivo sucesso obtido. Inclui-se aí uma importante atuação internacional e a participação com grande destaque em projetos que lhe asseguram o direito de poder dizer que estão mudando o Brasil.
O exemplo da MODULO já tem seguidores: mais empresas que nasceram sob a égide do empreendedorismo estão na liderança de seus mercados e, em alguns casos, este posicionamento é alcançado através de fusões, incorporações e investimentos de capital de risco.
Algumas dessas jovens empresas brasileiras que tem conquistado posições de liderança nasceram nas incubadoras de empresas, aliás, em franca evolução no Brasil, e, outras, como a MODULO, não tiveram a oportunidade de contar com o apoio de uma incubadora, pois não existiam ainda à época em que foram fundadas.
Nosso blog está iniciando esta semana parabenizando a MODULO, em nome do brilhante trabalho feito pelos seus sócios empreendedores e pelos investidores que acreditaram na competência e apostaram na capacidade destes empreendedores criarem valor.
O exemplo da MODULO continuará a ser seguido. Vamos usar este blog para, de vez em quando, trazer algumas histórias do empreendedorismo brasileiro. Fernando, Alberto e Álvaro, muito obrigado pelo estímulo que estão nos trazendo! Saudações empreendedoras! Continuem a mudar o mundo!