domingo, 8 de setembro de 2013

PALESTRA NO MACKENZIE - RIO Minha palestra apresentada em 11/09/2013 no Mackenzie do Rio tem seu arquivo em https://copy.com/w3ECm9VDfXB3 onde você pode fazer o download da palestra, bem como acessar as entrevistas para o Canal Futura. COLEÇÃO ELSEVIER DE EMPREENDEDORISMO: - INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO - Cesar Simões Salim e Nelson Caldas Silva - Construindo Planos de Empreendimentos - Cesar Simões Salim - Implantando uma empresa - Cesar Simões Salim, Helene Kleinberger Salim e Carlos Frederico Corrêa Ferreira

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A economia pode ajudar o empreendedorismo

Estamos vivenciando uma situação em que os investimentos em renda fixa estão cada vez menos rentáveis, muitas vezes nem preservam o capital. Além disso, a crise econômica tem uma forte probabilidade de se alongar e de trazer mudanças para a forma de desenvolvimento do mundo. Então, onde encontrar uma aplicação que efetivamente traga resultados para o investidor? Um aspecto que estamos percebendo é a diminuição dos percentuais representativos do aumento anual do PIB. Começando pela Europa, podemos afirmar que nos próximos anos o crescimento do PIB será bem baixo, numa faixa de 1 a 3% ao ano. Em compensação, não podemos deixar de reconhecer que a economia melhorou pela redução dos riscos de grandes problemas, devido à atuação do Banco Central Europeu, em socorro dos bancos e dos países. Com relação aos Estados Unidos também podemos notar a redução do patamar de crescimento e constatar a atuação do FED que é no mesmo sentido de reduzir o risco e atuar para melhorar os pontos mais sensíveis da economia. No Brasil, o empenho governamental de encontrar soluções que ajudem a indústria e que incentivem o investimento é também uma constatação positiva. Podemos até dizer que tem bases reais: a redução das taxas de juros beneficiou muito o governo, o maior devedor do país, permitindo uma sobra de recursos que estavam previstos para pagar o serviço desta dívida e que agora pode ser convertida em reduções de impostos, ainda que não lineares, uma vez que o governo preferiu distribuir as “bondades” para determinados setores. Fica clara a necessidade de reduzirmos o consumo exagerado em benefício de crescer o investimento, especialmente na infraestrutura. Nosso contraponto é com a China, que precisa ampliar o consumo e reduzir o investimento para poder aumentar a proteção social, com a instituição de pagamento de aposentarias e melhoria da estrutura médica governamental. Esta redução de investimento leva a um crescimento mais moderado, apesar de ainda alto, numa faixa de 7% ao ano. Este ambiente mais moderado de evolução econômica e uma maior proteção contra o risco abre um espaço, onde o empreendedorismo e a criação de empresas, especialmente as inovadoras, passam a ser alternativa para a obtenção de maiores taxas de remuneração do capital, como compensação do risco inerente a novos empreendimentos. Alie-se a isso, o amadurecimento de alguns setores de apoio a novas empresas com a criação de aceleradoras de empresas bem estruturadas e com a maior atratividade dos investidores pelas “startups”. Vamos participar de mais esse passo na trajetória do empreendedorismo brasileiro.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ANPROTEC discute futuro de incubadoras e aceleradoras

Esta semana, de 17 a 22 de setembro, a ANPROTEC realizou mais um de seus Seminários Nacionais e discutiu temas relevantes para o empreendedorismo, entre as pessoas que trabalham nessa área. Um dos temas que chamou a atenção foi a discussão sobre o futuro das incubadoras e das aceleradoras de empresas. As incubadoras se constituíram nos últimos 20 anos como as entidades que abrigaram, estimularam e orientaram os empreendedores na criação de suas empresas. Foram participantes na geração de mais de 20.000 empresas neste período. As aceleradoras surgem como solução para o desenvolvimento de uma segunda etapa da vida útil de uma empresa: assim que elas conseguem superar a etapa de incubação, em que tiveram de mostrar seus serviços e produtos, se expuseram com sucesso ao mercado conquistando seus primeiros clientes, estruturando-se de modo a atendê-los, agora precisam ter planos para continuar seu crescimento. Nessa segunda etapa, as aceleradoras podem cumprir um papel relevante e muitas já estão na estrada em busca de seus primeiros sucessos. As incubadoras têm conseguido resultados dignos de nota, mas tem tido muita dificuldade financeira para manter um padrão adequado de qualidade de seus serviços. A maioria das incubadoras está nas Universidades e não há como conseguir recursos financeiros para remunerar seus serviços, minimamente para cobrir os seus custos: o resultado é a queda de qualidade e a descontinuidade nos serviços oferecidos. Os investidores não querem arriscar aplicações em empresas que estão sendo criadas, embora as estatísticas das incubadoras mostrem que elas reduziram de 70 para 20% a mortalidade das empresas nos primeiros cinco anos de vida. Em países como Israel, que tem 25 incubadoras, todas apoiadas pelo Estado, este oferece para cada empresa aceita para a incubação até 150.000 dólares de recursos do governo, permitindo a essas “start-up” custear os serviços da incubadora. Além disso, há a possibilidade dos investidores apoiarem incubadoras de modo a conseguir investir em suas empresas, antes que sua valorização seja muito expressiva e seu preço não seja mais interessante para os objetivos desses investidores. Além dos aportes governamentais, há 14 bilhões de dólares de investidores internacionais, associados às incubadoras no fomento das suas empresas emergentes. Com relação às aceleradoras, como as empresas acolhidas apresentam menor risco de fracasso por já terem vencido a etapa de incubação, com seus planos detalhadamente analisados antes de obter esse apoio, os investidores tem simpatia maior para participar desses empreendimentos. Ainda assim, tanto para as aceleradoras como para as incubadoras, há muita necessidade de formar mentores para as empresas, pessoas experientes que aceitem orientar os empreendedores na gestão e na busca pelo mercado. Muitos desses mentores também se tornam anjos de negócios nessas empresas. Certamente há necessidade de um forte investimento nessa formação.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Uma oportunidade para as Universidades e Centros de Pesquisa

Em 28 de agosto de 2012, a revista “The Chronicle on Higher Education” publicou o artigo “Universities Report $1.8-Billion in Earnings on Inventions in 2011”, de autoria de Goldie Blumenstyk. Este artigo mostra universidades que desenvolvem pesquisas e que as levam ao mercado através de empresas, muitas delas geradas nas suas incubadoras, conseguiram ganhar em “royalties”, pagos pelas empresas que comercializam os resultados de suas pesquisas que geram patentes licenciadas, pagando “royalties”, a considerável quantia de 18 bilhões de dólares americanos. Estamos falando em universidades americanas, mas vislumbrando o que poderíamos obter no Brasil se as nossas universidades e centros de pesquisas fizessem o mesmo. Por exemplo, há patentes relativas a novas espécies de trigo, desenvolvidas pelas pesquisas da Universidade de Nebraska com a Bayer. Também podemos exemplificar com o que a Universidade de Illinois obteve de “royalties” pelo licenciamento de tecnologia audiovisual para conferencia e uma avançada bateria de carregamento rápido para automóveis e produtos eletrônicos. A campeã de 2011 foi a Northwestern University, que recolheu 191 milhões de dólares em receitas de licenças. A pesquisa mostrada pelo artigo trata de 157 universidades que responderam ao questionário anual da Associação de Gestores de Tecnologia de Universidades. Na pesquisa toda foram relatadas 5.398 novas licenças e 12.090 pedidos de patentes. Além disso, essas universidades criaram em 2011, 617 empresas “start-ups”. Já em 2012, as receitas apontadas tiveram a mesma ordem de grandeza, com 155 universidades participantes: foram 4.735 licenças e um pouco menos de 12.000 pedidos de patentes. Em 2010 foram criadas 613 empresas. Tony Stanco, diretor executivo do Conselho Nacional de Transferência de Tecnologia Empresarial disse que “cada vez mais alunos e professores ampliam sua consciência de que o empreendedorismo é uma carreira em ascensão e se constitui em um importante vetor para o crescimento”. Lesley Millar, diretor do Escritório de Gestão de Tecnologia da Universidade de Illinois diz que “o foco sobre empreendedorismo na sua instituição é uma das razões para o grande salto no numero de novas empresas lá formadas”. Como se pode ver, está em tempo de nossas universidades seguirem por este caminho, valorizando suas pesquisas e buscando através da parceria entre pesquisadores e empreendedores, servir melhor a sociedade do país.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PNEN – Proposta de Politica Nacional de Empreendedorismo e Negócios

O governo lançou uma proposta de Politica Nacional de Empreendedorismo e Negócios (PNEN), colocando em consulta pública. Trata-se de uma boa iniciativa, até porque não foi feita uma politica de cima para baixo, considerando apenas as ideias do pessoal do governo. A consulta pública sempre é desejável. Outro ponto positivo desta proposta é que ela começa pela analise da situação do empreendedorismo no país, suas dificuldades e limitações, pontos fracos que necessitam ser atacados e depois passa a fazer a avaliação das medidas que poderiam mudar este estado de coisas. Sem dúvida é um conjunto de boas intenções que necessita ser levado adiante. Mas, a palavra mais forte que podemos transmitir de nossa experiência no empreendedorismo brasileiro é que o pior de tudo é a falta de continuidade na construção das bases de apoio ao empreendedorismo pelas agencias governamentais. Sem pessimismo, podemos dizer que não bastam as boas intenções que estão contidas em todo este conjunto de propostas do governo para constituir uma politica de empreendedorismo, vai ser necessária muita capacidade de execução e persistência para que haja continuidade na aplicação das medidas que a constituem. É necessário andar muito rápido, embora de modo democrático, na formulação da PNEN e no lançamento das ações que vão constitui-la. As agencias do governo precisam agir mais e acreditar muito no que fazem para que possam criar as novas bases que deverão corrigir as dificuldades atuais. O empreendedor brasileiro espera muito o apoio governamental, mas tem uma experiência anterior que o faz ficar reticente e desconfiado. Poucas vezes os governos se preocuparam em apoiar os empreendedores e quando o fizeram foram ações que não tiveram continuidade e que deixaram em situações de desespero incubadoras que receberam recursos comprometidos e que tiveram muito prejudicada sua qualidade de serviço ao empreendedor. Assim, é necessário que aquilo que vier a ser implantado tenha previsões de execução que não sejam afetadas pelas mudanças de governo, que levam a paralizações de programas cujo atraso provocado é muitas vezes de um ano. Nem que dependam de percepções momentâneas de dirigentes de entidades estatais, que levam a descontinuar programas bem sucedidos pela simples preocupação de não dar os créditos ao seu antecessor. Empreendedores precisam de parâmetros claros e estáveis para fazer o planejamento de seus empreendimentos. Não podem estar sujeitos a incertezas que não sejam inerentes a seus negócios, estes já com os ônus característicos da inovação ou da inexperiência de seus empreendedores.

domingo, 26 de agosto de 2012

Caminhando para a inovação

O Ministério de Ciência e Tecnologia lançou o programa TI Maior em busca de obter como resultado a ampliação de oferta de produtos nacionais de TI com inovações que possam ser relevantes para o mercado interno e também para que possamos exportar nossos produtos. Este programa abriria oportunidades para especialistas em informática e fixaria nossos cérebros nessa área em face da possibilidade de desenvolver produtos que possam ter possibilidade de competir e de ocupar um papel relevante no mercado. Esta ação certamente se comporá com as iniciativas dos empreendedores, posto que suas pesquisas passam a poder transformar em produtos tudo o que puder ajudar as empresas brasileiras a se tornar mais eficazes e a contar com produtos competitivos em relação aos oferecidos no mercado internacional. Em paralelo, continua a discussão em torno da Política Nacional de Empreendedorismo e Negócios com uma proposta do Ministério de Planejamento de uma primeira versão para ser discutida publicamente entre os interessados (http://www.desenvolvimento.gov.br/empreendedorismo/consulta-publica/), antes de fixar a forma final desta política. Este caminho pode trazer resultados positivos para retirar pelo menos uma parte dos entraves ao empreendedorismo no país. O cenário se completa com o interesse de muitas megaempresas multinacionais em trazer para o Brasil áreas de pesquisa e desenvolvimento, bem como fazer parcerias que permitam o crescimento de empresas nacionais voltadas a trazer ao mercado soluções capazes de atender a necessidades de países emergentes. Melhor que este cenário só mesmo sua transformação em realidade! Vamos ajudar para que isso aconteça. Prefeituras, Ministérios e Universidades estão convocados.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Esporte e empreendedorismo

A Olimpíada de Londres terminou e este é um bom momento para refletirmos sobre a situação de nosso esporte e a forma como o empreendedorismo pode ajudar na melhoria dos resultados de nossa participação. Certamente não podemos considerar que o desempenho das equipes tenha sido bom: o Brasil é um país de 190.732.694 pessoas pelo Censo de 2010 e tem a 5ª maior população do mundo. Se considerássemos que a distribuição de esportistas competindo nas Olimpíadas fosse proporcional a sua população, deveríamos almejar o 5º lugar em medalhas. Sabemos que não funciona assim, mas podemos estar certos que não é uma boa colocação ter conseguido a 22ª colocação em medalhas. Mas, e daí? Não foi uma surpresa o resultado obtido. É nesse ponto que entram os empreendedores: esporte é muito bom para a saúde e sua prática é recomendável por todos os médicos, mas também é um grande negócio. Podemos dizer que o esporte pode ser uma das situações ganha-ganha: é possível fazer bons negócios pela prática de algo que é bom para a saúde e pode realizar o sonho de muitas pessoas. Evidentemente podemos olhar o fato de que teremos uma Olimpíada no Brasil em 2016 sob vários ângulos: pensando no legado que pode ser deixado para a cidade-sede, o Rio de Janeiro; imaginando a exploração de negócios que envolvam o esporte, como soluções tecnológicas que possam ser usadas em benefício de um esporte olímpico. Mas, também podemos pensar em aproveitar esta oportunidade para reverter nosso atraso em esporte e ampliar a prática de diversos esportes, inclusive daqueles que poucos conhecem no país. O custo de se incentivar esta última vertente não é alto: a maior parte do investimento seria feita pelo investidor privado, obtendo resultados financeiros muito favoráveis. O custo para o governo seria o necessário para regular e catalisar o processo. O governo poderia também criar prêmios para os empreendedores nessa área esportiva como forma de estimular sua ação. Não faltam empresários para diversas modalidades de esporte. Estariam eles preparados para ampliar os horizontes dessa oportunidade, atuando fora das áreas comuns, como futebol, vôlei, basquete, natação? Os empreendedores esportivos têm conhecimentos formais sobre empreendedorismo, comportamento do empreendedor, planejamento de negócios e de projetos para utilizar em seus futuros empreendimentos? E as Universidades, estão prontas para atendê-los com tudo o que precisam nessa área de conhecimento?