segunda-feira, 3 de setembro de 2012
PNEN – Proposta de Politica Nacional de Empreendedorismo e Negócios
O governo lançou uma proposta de Politica Nacional de Empreendedorismo e Negócios (PNEN), colocando em consulta pública. Trata-se de uma boa iniciativa, até porque não foi feita uma politica de cima para baixo, considerando apenas as ideias do pessoal do governo. A consulta pública sempre é desejável.
Outro ponto positivo desta proposta é que ela começa pela analise da situação do empreendedorismo no país, suas dificuldades e limitações, pontos fracos que necessitam ser atacados e depois passa a fazer a avaliação das medidas que poderiam mudar este estado de coisas.
Sem dúvida é um conjunto de boas intenções que necessita ser levado adiante. Mas, a palavra mais forte que podemos transmitir de nossa experiência no empreendedorismo brasileiro é que o pior de tudo é a falta de continuidade na construção das bases de apoio ao empreendedorismo pelas agencias governamentais.
Sem pessimismo, podemos dizer que não bastam as boas intenções que estão contidas em todo este conjunto de propostas do governo para constituir uma politica de empreendedorismo, vai ser necessária muita capacidade de execução e persistência para que haja continuidade na aplicação das medidas que a constituem.
É necessário andar muito rápido, embora de modo democrático, na formulação da PNEN e no lançamento das ações que vão constitui-la. As agencias do governo precisam agir mais e acreditar muito no que fazem para que possam criar as novas bases que deverão corrigir as dificuldades atuais. O empreendedor brasileiro espera muito o apoio governamental, mas tem uma experiência anterior que o faz ficar reticente e desconfiado.
Poucas vezes os governos se preocuparam em apoiar os empreendedores e quando o fizeram foram ações que não tiveram continuidade e que deixaram em situações de desespero incubadoras que receberam recursos comprometidos e que tiveram muito prejudicada sua qualidade de serviço ao empreendedor.
Assim, é necessário que aquilo que vier a ser implantado tenha previsões de execução que não sejam afetadas pelas mudanças de governo, que levam a paralizações de programas cujo atraso provocado é muitas vezes de um ano. Nem que dependam de percepções momentâneas de dirigentes de entidades estatais, que levam a descontinuar programas bem sucedidos pela simples preocupação de não dar os créditos ao seu antecessor.
Empreendedores precisam de parâmetros claros e estáveis para fazer o planejamento de seus empreendimentos. Não podem estar sujeitos a incertezas que não sejam inerentes a seus negócios, estes já com os ônus característicos da inovação ou da inexperiência de seus empreendedores.
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