quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cuidado com as aparências

É muito comum percebermos que, ao levantar informações sobre algum assunto, damos peso àquelas que venham a corroborar nossos pontos de vista. Enquanto isso, deixamos escapar muitas teorias, fatos e resultados importantes que tem apoio científico, mas que contrariam as nossas convicções. Isso pode estar acontecendo sobre o tema aquecimento global: com você, com pessoas próximas, comigo também. Até a semana passada, eu só tinha recebido informações de um lado. Eram verdades absolutas: o mundo está sofrendo aquecimento causado pelo uso exagerado de combustíveis fosseis; o aumento da temperatura da terra está ocorrendo pelas ações do ser humano promovendo queimadas, excesso de uso de combustíveis derivados do petróleo, até mesmo os gases emitidos pelos bois em seus pastos. No fim da última semana eu assisti a uma aula dada pelo Prof. Dr. Ricardo Felício da USP e que você pode ver também no link encontrado no Google via “Aquecimento Global A FARSA - Palestra Prof. USP” - http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=oJTNJBZxX6E#! O professor apresenta pontos de vista, certamente com boa base cientifica, contrariando todas as “verdades absolutas” que vínhamos acreditando até então. Por exemplo, diz o Dr. Ricardo, professor de geografia e de climatologia da USP, que o ser humano não tem toda essa influencia sobre o clima e que suas ações não são capazes de provocar tamanhas alterações. Mostra que existem pesados interesses em jogo e diz que para o Brasil, a politica deveria ser a de não aceitar mudar seu caminho de desenvolvimento em face de falácias que estão sendo apresentadas pelos ambientalistas. Colocou em questão a atuação da ONU neste tema. Se vocês assistirem a aula que estou recomendando, poderão ver os argumentos do outro lado e julgar. Depois de ver a aula e o Programa do Jô em que o Prof. Ricardo apareceu fiquei interessado em saber se a posição apresentada seria unicamente dele: constatei que outros cientistas brasileiros desta área também concordam com o Prof. Ricardo, assim como vários estrangeiros. Portanto, o que fica claro é que este não é um assunto em que há um posicionamento cientifico unânime: pelo contrário, existem posições que se opõem e que levam a conclusões também diametralmente opostas. Se você, empreendedor, pretendia fundar um empreendimento que tivesse relação com o aquecimento global, deve saber que este é um tema em que as opiniões científicas são radicalmente divergentes. Aprofunde-se bastante sobre o assunto antes de tomar um caminho para seu empreendimento. O que parece ser um consenso absoluto pode ser apenas uma falta de informação sobre as opiniões contrárias. Nem tudo que reluz é ouro: cuidado com as aparências e o “politicamente correto”...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

EMPREENDEDORISMO PARA AS COMUNIDADES CARIOCAS

Chamo a atenção dos empreendedores, especialmente os que atuam na cidade do Rio de Janeiro, para a nova realidade que existe nas áreas que foram resgatadas pelo poder público e onde vivem grandes comunidades, agora interessadas em ter comércio, serviços e facilidades similares as que existem nos demais bairros da cidade. Isto abre um espaço de mercado extraordinário para a implantação de muitos negócios que encontrarão comunidades com características especiais, poder de consumo significativo e que precisa ser atendido. Alguns pioneiros já se anteciparam e estão atuando nessas regiões, como a Light, fornecedora de energia elétrica que já atendia às antigas favelas, mas por meio de irregulares conhecidas como “gatos”. Para legalizar sua atuação nessas comunidades e reconhecendo que o preço da energia é alto para os bolsos da população comunitária, a Light vem construindo alternativas de fornecimento e de recebimento de suas contas. Por exemplo, para reduzir os valores a serem pagos, a Light instituiu um programa de coleta seletiva de lixo para os moradores, comprando o lixo coletado na área, recebendo doações de outros da redondeza e repassando a um parceiro externo que paga pelo material e o recicla, ganhando com o resultado. Os moradores na hora de pagar a conta de luz podem ter um desconto relativo ao lixo coletado, viabilizando o pagamento de sua conta de luz. Os “gatos” vão aos poucos desaparecendo da comunidade. Outros empreendedores estão se apresentando com a disposição de treinar a mão de obra que utilizam abrindo perspectivas para que o pessoal da comunidade tenha emprego e passe a ganhar para sua sobrevivência através de trabalho produtivo, muitas vezes feito no próprio local em que vive. Fico imaginando que em cima desses muitos morros poderiam ser feitas hortas e produzidos alimentos que poderiam ser vendidos nas próprias comunidades. Do mesmo modo, poderiam ser criados pomares, de onde sairiam frutas também para o seu abastecimento. Aparentemente, os sacolões servem para fornecer alimentação barata a partir de produtos agrícolas produzidos na área: claro que não seriam todos os produtos, mas uma parcela considerável. Uma cadeia de supermercados já existente poderia capitanear e coordenar este esforço. Isso também ajudaria os moradores a encontrarem trabalho dentro de suas comunidades. Enfim, imagino que os empreendedores cariocas deveriam parar para pensar em quais as modalidades de negócios poderiam ser viabilizados para povoar as comunidades com os empreendimentos que pudessem atender suas necessidades e anseios.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Você consegue prever o futuro?

Não estamos falando de previsões sobre fatos específicos, como o numero que vai dar na loteria ou a data de sua morte. Estas são apostas sobre o imponderável e não temos muita expectativa de que o empreendedor as possa fazer. Estamos falando da visão de futuro em sua área de interesse: como na sua área de negócios você enxerga o que virá. Por exemplo, digamos um empreendedor atuante em ensino à distancia: seria bastante salutar que ele criasse uma percepção de como as pessoas podem aprender mais rápido e com mais profundidade e qual a tendência deste processo de aprendizagem. A partir destas percepções, ele vai formar sua visão de como será o futuro nesta área e vai mobilizar sua criatividade para encontrar produtos, serviços e soluções que venham a apoiar uma pessoa em sua aprendizagem. Nesse ambiente temos uma proposta na mesa sendo testada: são os “tablets” como meio para a leitura de conteúdos. Se os livros de papel vão evoluir para serem lidos através de um “tablet”, significa que poderemos agregar ao texto muito valor: explicações sobre significados de palavras, derivações do texto para mostrar como e onde são os locais onde se passa a historia que está sendo contada, até mesmo alternativas de final a serem escolhidos pelos leitores em face de respostas que o autor teria preparado previamente. Tudo isso pode levar a um livro em que o leitor participa de sua construção, inserindo-se deste modo em seu processo de aprendizado. Isso nos leva a crer que, se o livro for direcionado a ensinar algo objetivo, em vez de contar uma história, o leitor poderia ser ajudado conforme seu nível de conhecimento; seria conduzido a participar como se estivesse em uma aula em sala com professores e alunos presentes; formaria seu próprio juízo sobre o melhor caminho para se chegar à solução de um dilema, se estivéssemos falando de estudo de casos. Nesse exemplo, tratamos do ensino à distancia que tem um objetivo final claro e que consiste em encontrar a melhor forma de ajudar o aprendizado de uma pessoa. Se estivéssemos falando de moda, maneira de pessoas se vestirem, talvez a construção desta visão de futuro ficasse mais abstrata e difícil de prever: mas, o empreendedor poderia se valer do fato de que não existe uma única moda, variadas opções convivem. Portanto, o empreendedor de moda poderia ver o futuro para uma situação especifica ou para um grupo de pessoas: para uma situação como a moda de praia ou a moda de vestidos de casamento; para um grupo de pessoas, como moda para os jovens, gordos ou para meia idade. Nesse caso, estaríamos reduzindo o escopo do problema a ser resolvido para que o empreendedor pudesse prever o futuro, de acordo com seu conhecimento e percepção. Mas, o que queremos neste blog é despertar no empreendedor a compreensão da importância de se pensar em como vai ser o futuro em sua área de atuação para que possa encontrar as soluções ou construir o caminho para o que ele quer ver adiante.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Hoje é dia de comemorar

Meus amigos: hoje estamos chegando ao centésimo blog. Isso significa que, durante 100 semanas seguidas, sempre conseguimos publicar nosso blog. Gostaríamos de ter mais participação de nosso público e estamos pensando em como dinamizar mais este blog, com o objetivo de trazer discussões para os empreendedores brasileiros, criar um espaço em que pudéssemos construir ideias e apresentar as experiências de cada um. Já iniciamos alguns debates que acabaram por não acontecer, pela falta de debatedores. Continuamos a convidar o pessoal para interagir conosco. Neste ultimo fim de semana estivemos em uma festa de empreendedores: foi a comemoração dos 50 anos de Claudio Nasajon e lá estavam muitos empreendedores com os quais temos convivido neste últimos anos. Foi uma festa linda: mesmo sabendo que era para comemorar os 50 anos do Claudio, nosso vírus empreendedor acabou por contaminar algumas mesas, onde só se falava de empreendedorismo. Foi muito prazeroso encontrar empreendedores de varias idades e em áreas bastante diversificadas. O Claudio não sabia, mas eu acabei por roubar mentalmente a comemoração dele para ser a festa dos 100 blogs. Afinal, Claudio está na nossa história e foi meu coautor em mais de um livro, além de termos dividido as aulas da disciplina Planejamento de Negócios da PUC-Rio, vivendo grandes emoções na construção dos empreendimentos de nossos jovens alunos. Na festa estavam empreendedores que foram nossos alunos, nossos sócios e nossos colegas no ensino do empreendedorismo. Obrigado, Claudio, pela carona em sua festa, mas foi o local onde mais pensei na comemoração das edições deste blog. Aos nossos leitores, obrigado pela atenção em todo este período de vida do blog e a esperança de que continuem a nos acompanhar.