sábado, 30 de outubro de 2010

REE Brasil – O material apresentado está disponível

A REE Brasil de que tratamos há duas semanas precisa ser revisitada. Agora os trabalhos apresentados estão disponibilizados para todos no site do evento. Você visita o link http://www.reebrasil.org.br/materiais.html e pode ter acesso ao material.

Por exemplo, você poderá ver o que foi dito no Workshop especial: Técnicas de ensino inovadoras pelo Prof. Marcelo Salim, fazendo o download desta palestra e lendo o seu texto. Do mesmo modo, veja o que o Prof. Marcelo Nakagawa mostrou para seus pares com o título de “Innovative teaching”.
Se você quiser saber como andam as pesquisas sobre o empreendedorismo no Brasil, leia o material que foi trazido pelos Profs. Candido Borges, Pesquisador da Universidade Federal de Goiás e Marianne Hoeltgebaum, Pesquisadora da FURB. Nesse item senti até falta do que a Profa. Vania Nassif da Universidade Mackenzie falou no evento.

A professora da Universidade de Virginia, Saras Sarasvathy, falou de sua metodologia, Effectuation: elementos da competência empreendedora. Para se informar a respeito veja em http://www.effectuation.org/.

Enfim, está tudo disponibilizado para quem foi ao evento poder rever e aprofundar alguns aspectos. Para os demais que lá não estiveram, está criada a possibilidade de conhecerem a essência daquilo que foi apresentado.

Noutro dia eu estava em aula descrevendo o que é um Parque Tecnológico e qual a sua importância e me lembrei da apresentação do Prof. Luis Humberto Villwock, da PUC-RS e Gestor de Relacionamento do TECNOPUC, um dos mais importantes parques tecnológicos do país. Sua apresentação está lá no material do REE Brasil 2010: podemos nos preparar para o próximo REE Brasil em Porto Alegre, em 2011, no mesmo mês de outubro, entre os dias 13 e 15. Caros professores de empreendedorismo coloquem em sua agenda de 2011 este encontro especial.

Aos estudantes que frequentam este blog pode parecer que os temas de hoje são dirigidos somente a professores, mas muito deste material pode ser importante para seu caminho no empreendedorismo.

Gostaria de mencionar também um evento importante que ocorreu dia 25 de outubro no CEFET / RJ: foi organizado por alunos da Universidade e para eles apresentado, sob a orientação da Profa. Elizabeth Freitas. O nome do evento: Empreendedorismo verde – abordando novos conceitos. Os mais de 400 estudantes que assistiram e participaram saíram entusiasmados. Parabéns Profa. Elizabeth Freitas pelo belo trabalho de seus alunos que souberam captar sua concepção do evento e transformá-lo em sucesso, de modo tão empreendedor.

Aproveite o feriado para ver todo o conteúdo de que tratamos hoje neste blog.

Não deixe de ir votar: reflita bem antes de decidir como você quer que seja o futuro de nosso país.

sábado, 23 de outubro de 2010

A cegueira não atinge somente os olhos

O empreendedor muitas vezes está numa de fase de grande entusiasmo pelas suas ideias e tende a enxergar seu sonho maior do que realmente aparece para as outras pessoas.
Nesse estado é comum que se tenha convencido de que seu projeto de empreendimento é algo perfeito e sabe dizer, de modo emocionado, todos os aspectos positivos do empreendimento, que o tornam muito importante e mesmo essencial.
Sob o ponto de vista da emoção, necessária para o sucesso do empreendedor, este sentimento sobre o seu empreendimento é bastante saudável e até mesmo ajuda a conseguir apoio de seguidores e apoiadores.
Entretanto, o empreendedor deve tomar cuidado com a cegueira, aquela que não atinge os olhos, mas a que contamina a mente. Esta cegueira é que faz que pessoas inteligentes e cultas muitas vezes se coloquem numa posição em que não são mais capazes de considerar e entender objeções ou até meros avisos sobre riscos e dificuldades a serem enfrentadas.
O processo educacional, muitas vezes, até desenvolve nos empreendedores uma habilidade de parecer que estão levando em conta o que é dito por quem critica aspectos ou simplesmente aponta fraquezas de seu empreendimento, mas no fundo a atitude desses empreendedores quando tomados da cegueira mental é apenas mais sofisticada, parecendo aceitar a critica, mas na realidade se colocando em posição defensiva, parecendo ouvir, mas tendo apenas a preocupação de defender a cria.
Os empreendedores não são os únicos seres que adotam por vezes uma posição de cegueira mental. Isso é também característica de todos nós, seres humanos que se apaixonam por ideias e convicções e que nos colocam numa posição de incapacidade de considerar as objeções com inteligência, tomando-as como colaboração e avaliando as possibilidades de melhorar os planos, em face das observações recebidas.
A inteligência do empreendedor também compreende esta atitude receptiva ao recebimento de criticas, propostas de melhorias, advertências sobre riscos. A pobreza das posições maniqueístas, onde um lado é o único certo não é um caminho aceitável para quem pretende trabalhar com a colaboração de uma equipe.
Empreendedor: aprenda a ouvir e avaliar todas as ideias e observações, por mais criticas e duras que sejam; não aceite a cegueira mental como linha comportamental.

sábado, 16 de outubro de 2010

REE Brasil

A REE - Roundtable on Entrepreneurship Education é um evento para professores de empreendedorismo analisarem formas de ensino que possam ser mais eficazes para a aprendizagem dos alunos. Foi criado pela Stanford University na Califórnia, tem edições para os Estados Unidos, a América Latina, a Europa, a Ásia e o Oriente Médio. Pela primeira vez, um país fora dos Estados Unidos faz uma edição nacional e isso ocorreu no Brasil, em Águas de São Pedro, estado de São Paulo, pela eficaz parceria da Endeavor, do SEBRAE e do SENAC.
Certamente foi o melhor evento para professores brasileiros de empreendedorismo que até agora não tinham tido uma oportunidade tão importante para a troca de suas experiências, discussão de dificuldades e alternativas para vencê-las no processo de formação de empreendedores e na geração de novos e saudáveis empreendimentos.
Vieram abrilhantar nosso evento duas professoras de universidades americanas excepcionalmente brilhantes: Theresa Lina Stevens do Stanford Technology Ventures Program (STVP) e Saras Sarasvathy da Darden Business School da Universidade de Virginia.
Podemos dizer que foi impressionante a quantidade de professores brasileiros que vieram participar, mostrando a pujança e o crescimento do ensino de empreendedorismo no país e a grande dedicação dos professores em pesquisar e buscar novos métodos e caminhos para formar melhores empreendedores e gerar mais empreendimentos inovadores.
Foram representantes de universidades de vários estados brasileiros do Piauí ao Rio Grande do Sul, que trouxeram inúmeras contribuições para os participantes, com relato de experiências inteligentes que ampliam a qualidade do ensino de empreendedorismo no país.
Foi também atribuído pela primeira vez o Prêmio Educação Empreendedora como um estímulo e reconhecimento das entidades patrocinadoras do REE Brasil de trabalhos e experiências relevantes de professores. Este primeiro premio foi para o Piauí, mostrando a valorização pelo resultado obtido por um jovem professor de Picos, cidade que fica a 200 km da capital Teresina.
Foi tão rico o ambiente, os trabalhos apresentados e os resultados alcançados neste REE Brasil que pretendemos trazer outros tópicos para nosso blog e para isso convido os participantes que os apresentaram a me escreverem com textos para serem postados, descrevendo de modo sucinto o que apresentaram no evento. Estou contando com vocês.

sábado, 9 de outubro de 2010

Modelo de negócios

Um empreendedor não deve imaginar que sua empresa vende como todas as suas similares: não se trata da quantidade ainda, mas a forma de apresentar seus produtos e conseguir ganhar dinheiro com eles. É o que se chama de modelo de negócios.
Conforme o modelo de negócios, vamos trazer ou afastar vendas e estaremos optando por um caminho que pode ser de sucesso ou fracasso. Os conservadores poderão dizer que para evitar o risco é melhor vender com os demais concorrentes. Isso nos leva ao Oceano Vermelho, invariavelmente.
Devemos então buscar um diferencial no modelo de negócios e analisar com cuidado que fatia do mercado queremos conquistar, tanto sob o ponto de vista qualitativo como quantitativo. A escolha de um nicho onde tenhamos conhecimento do que os clientes querem e precisam pode significar o abandono de outros segmentos de mercado, mas vai nos assegurar maior capacidade de atender aos clientes de uma maneira exclusiva.
Para um país jovem como o nosso, existem muitos nichos mal atendidos: é importante saber caracterizá-los e criar o conhecimento na empresa para criar soluções altamente inovadoras e competitivas. Outro aspecto é que cada nicho pode ter um forte potencial para crescer e se constituir em verdadeiros Oceanos Azuis para quem os elege.
Financiamento é outro ponto importante para conseguir clientela: se pudermos fazer nossos clientes nos pagarem com o que ganham pela adoção de nossas soluções, estaremos também conseguindo ser muito atraentes. Muitas vezes isso se consegue pela simples associação da nossa receita ao lucro do cliente produzido pelas nossas soluções.
O modelo de negócios é definido no inicio da elaboração: vale a pena refletir bastante nesse aspecto antes de ir adiante à formulação do plano do negócio. Teste o seu modelo de negócios para ver como vai funcionar e corrija o que for necessário.

sábado, 2 de outubro de 2010

Plano de 100 dias

Um empreendedor imagina seu empreendimento face uma oportunidade, levanta informações, imagina um modelo de negócios, busca seus diferenciais competitivos e uma estratégia para ganhar mercado. Em seguida, organiza suas ideias e faz o planejamento do empreendimento.
Com um plano do empreendimento na mão conquista adeptos, podendo passar pelo processo de seleção da incubadora de uma entidade de fomento ou Universidade ou entrar diretamente no mercado.
Dinheiro é um problema sempre, mas procurando os membros da família, os amigos e, por vezes, um Bussiness Angel consegue convencer alguém a entrar no negócio.
Parece que todos os grandes problemas estão resolvidos, mas nessa hora de colocar o empreendimento de pé é que a coisa pega: são tantos os requisitos a implantar, são muitos os objetivos que precisam ser alcançados para que o empreendimento seja um sucesso.
É exatamente nessa hora que aconselhamos o empreendedor a usar o Plano de 100 Dias. Mas, o que é isso? Imagine que você fosse implantar primeiro uma configuração reduzida do empreendimento de seus sonhos. Apenas o suficiente para que ele pudesse funcionar, com um mínimo de clientes e de produtos e serviços, mas que já tivesse as principais características do empreendimento do sonho. Como um empreendimento bebê!
Esta é exatamente a maneira que acredito ser a melhor para começarmos a ver o empreendimento operar. Já se pode fazer a prova do conceito de seu modelo de negócios e corrigir a tempo o que for necessário.
Muitas dificuldades que precisam ser vencidas para que o empreendimento possa estar completamente implantado ficam para depois, só serão tratadas quando o que é básico para a operação de sua fase inicial estiver funcionando.
Mas, porque o nome de Plano de 100 Dias: temos que colocar o empreendimento em funcionamento em 100 dias? O tempo 100 dias é apenas uma sugestão, que pode ficar adequada para muitos empreendimentos, e que para outros vai requerer recalcular o tempo: conforme haja necessidade de desenvolver um software ou montar uma fábrica antes de começar operar, pode ser que seja preciso mais enquanto uma loja pode ser colocada operacional em 50 dias, podemos ajustar o horizonte do plano.
O importante não é o numero de dias, mas o conceito: deve ser o menor tempo possível para que se coloque o empreendimento operacional, de tal forma a poder comprovar sua viabilidade, numa configuração simplificada.