sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Empreendedorismo esportivo dá um chute na crise

Os esportistas ficaram com ciúmes pelo meu blog passado e sugeriram que eu incentivasse o esporte também, afinal de contas estamos com uma copa do mundo e uma olimpíada a vista.

Acho que é importante mostrar que muitas coisas positivas estão acontecendo aqui na terra onde se joga o futebol. A primeira delas é certamente o nosso Brasileirão, maior campeonato de futebol que um país realiza em todo o mundo: perdão senhores, eu quis dizer o melhor! Sim, não existe campeonato nacional que tenha tantos grandes clubes como o nosso, disputando cada rodada e com espetáculos de muita qualidade apresentados em locais muito variados, com âmbito quase continental, e transmitidos pela TV para todo o país.

Claro que temos problemas: estádios ainda necessitando melhorias que pudessem fazê-los adequados para a família ir assistir aos jogos, arbitragens de melhor qualidade com o uso de tecnologia para evitar os erros crassos, preços de ingressos mais palatáveis para o povão ir aplaudir seus ídolos, investimentos dos clubes e de seus patrocinadores com melhor visão de futuro do negócio. Mas, convenhamos que, em todos esses itens, estamos conseguindo melhorar, apesar de ser em velocidade lenta.

Espero que não tenha sido um caso ou uma fase, mas estamos conseguindo reter mais os nossos talentos: eu gosto muito quando o pai do Neymar dá entrevista dizendo que seu filho vai continuar no Santos. Creio até que isso é uma reafirmação do espaço que se criou para bons talentos brasileiros conseguirem fazer uma carreira brilhante sem sair de nosso território. Não tenho nada contra a exportação, mas queremos que, parte dos grandes craques que criamos, fiquem aqui para que muitos turistas coloquem em sua programação uma partida de futebol para ver a arte brasileira nos pés.

Nosso esporte amador está nos dando grandes alegrias: do atletismo ao basquete temos obtido melhores resultados. Afinal, este é o benefício de sediar uma Olimpíada, não esquecendo que há um grande investimento para conseguir este resultado e o retorno não está na grande massa de turistas que atrai para o país durante o evento: isso é passageiro e não há como recuperar os investimentos com estas rendas. O retorno está na melhoria do esporte nacional e no movimento que se cria em favor de seu desenvolvimento, mudando a cultura do país, que poderá ter mais campeões, e sobretudo, terá gente mais saudável porque pratica esporte como hábito.

Mas, e será que o empreendedorismo tem espaço no esporte para conseguir resultados? Minha resposta é que certamente há possibilidades de excelentes negócios ligados diretamente ao esporte, como há negócios importantes que servem à melhoria e viabilização do sucesso no esporte.

Com relação aos negócios diretos fica mais visível: a formação de atletas fora de série, adotados por empresas que administram a sua carreira e que asseguram meios que são investidos para que sua formação seja de alta qualidade, mas mantidos ao lado de sua família, que passa a se beneficiar desde cedo, com os devidos cuidados para que falsos empreendedores, exploradores disfarçados, possam distorcer este tipo de solução para a formação de grandes craques.

Com relação aos negócios indiretos, me parece que funciona o “efeito turbo”, onde os produtos aparentemente periféricos se tornam maiores que o próprio negócio que serviu de base. Explico: aqueles que nascem em torno do esporte podem ficar com um porte maior que o do que o seu gerador!

Um exemplo disso poderiam ser os mecanismos informatizados que auxiliam os esportes como futebol, basquete, vôlei e outros, registrando a atuação de cada atleta e mostrando índices obtidos, sendo a base para planejar os treinamentos e comentários.

Outro exemplo são os programas turísticos, tendo os espetáculos esportivos como base, permitindo aos turistas levar recordações, como DVD´s e fotos, camisetas e bonés, para relembrar e documentar suas viagens.

Alguns negócios colaterais ao esporte podem ser simples e de fácil montagem ou requerer alta tecnologia e excelente marketing para sua viabilidade e sucesso, como é o caso das transmissões dos programas esportivos pelo mundo afora.

Reparem que tratamos de um universo tal que o sucesso de uma parte turbina o de outra. Na medida em que tenhamos êxito com a transmissão pela TV para todo o mundo dos eventos esportivos brasileiros, os esportistas que se apresentam passam a ter um público maior, além de nossas fronteiras, valorizando seu trabalho, sua imagem, possibilidade de venda de publicidade e até seu de trabalho esportivo.

Meus amigos, uma dose de empreendedorismo no esporte nacional pode ser um chute na crise. Muita gente estaria a salvo do desemprego e poderia até ter uma vida acima de suas perspectivas pessoais, se empregássemos mais empreendedorismo nessa área. Aos nossos empreendedores está aberta uma estrada imensa e multivariada de oportunidades. Resta saber transformá-las em sucesso.

As nossas universidades já estão oferecendo aos empreendedores muitas possibilidades de aprendizado das técnicas, métodos e instrumentos que um empreendedor precisa usar para almejar o sucesso.

Também existem empresas prontas para oferecer aos empreendedores o conhecimento que eles precisam para implantar seus empreendimentos. Vamos mencionar, como exemplo, a Luz Consultoria, empresa criada pelos alunos que vivenciaram e foram diretores da Empresa Jr da PUC-Rio (visite o site deles - http://www.lojadeconsultoria.com.br/). Eles estão prontos para apoiar os empreendedores da área do esporte de forma que ganhem mais taças para o nosso país, desta vez pelo seu bom trabalho como empreendedores do esporte.

Para empreender é como coçar, basta começar e não se para mais. Só que os resultados são bastante superiores: podem fazer a diferença que leva ao sucesso e realiza o sonho de uma pessoa.

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