O mundo atual está passando por um dos estágios que já vi jovens empreendedores passarem e conseguirem vencer. Eles aprendem a buscar soluções que atendam a seus interesses, como uma postura de vida. Nas aulas de empreendedorismo ensinamos mais que isso: defendemos que precisamos negociar para encontrar as soluções que servem a todas as partes.
Evidentemente, as duas posturas são diferentes e a que transmitimos aos jovens empreendedores é mais difícil e complexa: mas, certamente é a busca de algo mais duradouro e consistente.
Ao ouvir o discurso da Presidente Dilma na ONU, foi inevitável a lembrança dos momentos que vivenciamos com os alunos. Nossa presidente falou que o caminho para o mundo encontrar uma saída para crise passa por uma maior participação de cada país e que não adianta tentar soluções que resolvem apenas os problemas de uma das partes.
Quando os jovens empreendedores ainda estão em sua fase inicial de formação, procuramos mostrar que não basta identificar seu interesse e lutar por ele. Defendemos que procurem se colocar no lugar das demais partes intervenientes: seus clientes, fornecedores, colaboradores, parceiros. Enfim, é necessário negociar soluções que sejam capazes de equilibrar melhor esses interesses, muitas vezes conflitantes.
Outro aspecto é a busca de soluções que tenham durabilidade, isto é, que sejam capazes de perdurar e ser aplicadas por um período mais longo. No mundo atual, uma das razões de instabilidade, é que a velocidade das mudanças tem sido muito alta. Os interesses de cada parte são afetados pelo ambiente mutável e também se alteram em prazos muito curtos.
Vejam que podemos fazer um paralelo entre o aparentemente pequeno mundo dos negócios com o da alta politica. No fundo estamos tratando de comportamento, com o mesmo personagem principal: o ser humano.
Tem razão nossa presidente quando diz que as soluções precisam ser negociadas para que possam ter a característica de serem aceitáveis por todos e também está correta em pedir que as nações reconheçam que o equilíbrio do mundo está mudado, com a ascensão dos emergentes e a necessidade do respeito das diferenças entre as partes.
Boa estreia das mulheres na abertura da sessão anual de trabalhos das Nações Unidas. Que este nome seja mais verdadeiro do que tem sido: a união das nações é que pode ultrapassar as fronteiras com o encontro de soluções que atendam às pessoas em maior prioridade, reduzindo a importância dos interesses de grupos que comandavam até então o processo decisório.
Agora vivemos o mundo da diversificação, das soluções múltiplas, do respeito às diferenças, das opções serem escolhidas por cada um. Vivemos no mundo das redes sociais que permitem que pessoas que jamais se encontraram dividirem suas percepções.
Esta é a hora de aprendermos mais, muito mais: cada um vai ouvir e entender as perspectivas de cada parte e a inteligência talvez tenha um denominador. Ser inteligente poderá significar, mais que nunca, ser capaz de negociar soluções aceitáveis por todos, implementáveis e, sempre que possível, duradouras. Certamente, esta durabilidade vai se reduzir num mundo de tantas e tão frequentes mudanças, mas, por isso mesmo, vai ser necessário negociar mais.
Podemos imaginar que o mais forte talvez não seja o que tem mais poder de armas e mais dinheiro, mas o que saiba encontrar o melhor equilíbrio através da negociação. Isso também vale no ambiente dos negócios, para os nossos jovens empreendedores.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Empreendedorismo esportivo dá um chute na crise
Os esportistas ficaram com ciúmes pelo meu blog passado e sugeriram que eu incentivasse o esporte também, afinal de contas estamos com uma copa do mundo e uma olimpíada a vista.
Acho que é importante mostrar que muitas coisas positivas estão acontecendo aqui na terra onde se joga o futebol. A primeira delas é certamente o nosso Brasileirão, maior campeonato de futebol que um país realiza em todo o mundo: perdão senhores, eu quis dizer o melhor! Sim, não existe campeonato nacional que tenha tantos grandes clubes como o nosso, disputando cada rodada e com espetáculos de muita qualidade apresentados em locais muito variados, com âmbito quase continental, e transmitidos pela TV para todo o país.
Claro que temos problemas: estádios ainda necessitando melhorias que pudessem fazê-los adequados para a família ir assistir aos jogos, arbitragens de melhor qualidade com o uso de tecnologia para evitar os erros crassos, preços de ingressos mais palatáveis para o povão ir aplaudir seus ídolos, investimentos dos clubes e de seus patrocinadores com melhor visão de futuro do negócio. Mas, convenhamos que, em todos esses itens, estamos conseguindo melhorar, apesar de ser em velocidade lenta.
Espero que não tenha sido um caso ou uma fase, mas estamos conseguindo reter mais os nossos talentos: eu gosto muito quando o pai do Neymar dá entrevista dizendo que seu filho vai continuar no Santos. Creio até que isso é uma reafirmação do espaço que se criou para bons talentos brasileiros conseguirem fazer uma carreira brilhante sem sair de nosso território. Não tenho nada contra a exportação, mas queremos que, parte dos grandes craques que criamos, fiquem aqui para que muitos turistas coloquem em sua programação uma partida de futebol para ver a arte brasileira nos pés.
Nosso esporte amador está nos dando grandes alegrias: do atletismo ao basquete temos obtido melhores resultados. Afinal, este é o benefício de sediar uma Olimpíada, não esquecendo que há um grande investimento para conseguir este resultado e o retorno não está na grande massa de turistas que atrai para o país durante o evento: isso é passageiro e não há como recuperar os investimentos com estas rendas. O retorno está na melhoria do esporte nacional e no movimento que se cria em favor de seu desenvolvimento, mudando a cultura do país, que poderá ter mais campeões, e sobretudo, terá gente mais saudável porque pratica esporte como hábito.
Mas, e será que o empreendedorismo tem espaço no esporte para conseguir resultados? Minha resposta é que certamente há possibilidades de excelentes negócios ligados diretamente ao esporte, como há negócios importantes que servem à melhoria e viabilização do sucesso no esporte.
Com relação aos negócios diretos fica mais visível: a formação de atletas fora de série, adotados por empresas que administram a sua carreira e que asseguram meios que são investidos para que sua formação seja de alta qualidade, mas mantidos ao lado de sua família, que passa a se beneficiar desde cedo, com os devidos cuidados para que falsos empreendedores, exploradores disfarçados, possam distorcer este tipo de solução para a formação de grandes craques.
Com relação aos negócios indiretos, me parece que funciona o “efeito turbo”, onde os produtos aparentemente periféricos se tornam maiores que o próprio negócio que serviu de base. Explico: aqueles que nascem em torno do esporte podem ficar com um porte maior que o do que o seu gerador!
Um exemplo disso poderiam ser os mecanismos informatizados que auxiliam os esportes como futebol, basquete, vôlei e outros, registrando a atuação de cada atleta e mostrando índices obtidos, sendo a base para planejar os treinamentos e comentários.
Outro exemplo são os programas turísticos, tendo os espetáculos esportivos como base, permitindo aos turistas levar recordações, como DVD´s e fotos, camisetas e bonés, para relembrar e documentar suas viagens.
Alguns negócios colaterais ao esporte podem ser simples e de fácil montagem ou requerer alta tecnologia e excelente marketing para sua viabilidade e sucesso, como é o caso das transmissões dos programas esportivos pelo mundo afora.
Reparem que tratamos de um universo tal que o sucesso de uma parte turbina o de outra. Na medida em que tenhamos êxito com a transmissão pela TV para todo o mundo dos eventos esportivos brasileiros, os esportistas que se apresentam passam a ter um público maior, além de nossas fronteiras, valorizando seu trabalho, sua imagem, possibilidade de venda de publicidade e até seu de trabalho esportivo.
Meus amigos, uma dose de empreendedorismo no esporte nacional pode ser um chute na crise. Muita gente estaria a salvo do desemprego e poderia até ter uma vida acima de suas perspectivas pessoais, se empregássemos mais empreendedorismo nessa área. Aos nossos empreendedores está aberta uma estrada imensa e multivariada de oportunidades. Resta saber transformá-las em sucesso.
As nossas universidades já estão oferecendo aos empreendedores muitas possibilidades de aprendizado das técnicas, métodos e instrumentos que um empreendedor precisa usar para almejar o sucesso.
Também existem empresas prontas para oferecer aos empreendedores o conhecimento que eles precisam para implantar seus empreendimentos. Vamos mencionar, como exemplo, a Luz Consultoria, empresa criada pelos alunos que vivenciaram e foram diretores da Empresa Jr da PUC-Rio (visite o site deles - http://www.lojadeconsultoria.com.br/). Eles estão prontos para apoiar os empreendedores da área do esporte de forma que ganhem mais taças para o nosso país, desta vez pelo seu bom trabalho como empreendedores do esporte.
Para empreender é como coçar, basta começar e não se para mais. Só que os resultados são bastante superiores: podem fazer a diferença que leva ao sucesso e realiza o sonho de uma pessoa.
Acho que é importante mostrar que muitas coisas positivas estão acontecendo aqui na terra onde se joga o futebol. A primeira delas é certamente o nosso Brasileirão, maior campeonato de futebol que um país realiza em todo o mundo: perdão senhores, eu quis dizer o melhor! Sim, não existe campeonato nacional que tenha tantos grandes clubes como o nosso, disputando cada rodada e com espetáculos de muita qualidade apresentados em locais muito variados, com âmbito quase continental, e transmitidos pela TV para todo o país.
Claro que temos problemas: estádios ainda necessitando melhorias que pudessem fazê-los adequados para a família ir assistir aos jogos, arbitragens de melhor qualidade com o uso de tecnologia para evitar os erros crassos, preços de ingressos mais palatáveis para o povão ir aplaudir seus ídolos, investimentos dos clubes e de seus patrocinadores com melhor visão de futuro do negócio. Mas, convenhamos que, em todos esses itens, estamos conseguindo melhorar, apesar de ser em velocidade lenta.
Espero que não tenha sido um caso ou uma fase, mas estamos conseguindo reter mais os nossos talentos: eu gosto muito quando o pai do Neymar dá entrevista dizendo que seu filho vai continuar no Santos. Creio até que isso é uma reafirmação do espaço que se criou para bons talentos brasileiros conseguirem fazer uma carreira brilhante sem sair de nosso território. Não tenho nada contra a exportação, mas queremos que, parte dos grandes craques que criamos, fiquem aqui para que muitos turistas coloquem em sua programação uma partida de futebol para ver a arte brasileira nos pés.
Nosso esporte amador está nos dando grandes alegrias: do atletismo ao basquete temos obtido melhores resultados. Afinal, este é o benefício de sediar uma Olimpíada, não esquecendo que há um grande investimento para conseguir este resultado e o retorno não está na grande massa de turistas que atrai para o país durante o evento: isso é passageiro e não há como recuperar os investimentos com estas rendas. O retorno está na melhoria do esporte nacional e no movimento que se cria em favor de seu desenvolvimento, mudando a cultura do país, que poderá ter mais campeões, e sobretudo, terá gente mais saudável porque pratica esporte como hábito.
Mas, e será que o empreendedorismo tem espaço no esporte para conseguir resultados? Minha resposta é que certamente há possibilidades de excelentes negócios ligados diretamente ao esporte, como há negócios importantes que servem à melhoria e viabilização do sucesso no esporte.
Com relação aos negócios diretos fica mais visível: a formação de atletas fora de série, adotados por empresas que administram a sua carreira e que asseguram meios que são investidos para que sua formação seja de alta qualidade, mas mantidos ao lado de sua família, que passa a se beneficiar desde cedo, com os devidos cuidados para que falsos empreendedores, exploradores disfarçados, possam distorcer este tipo de solução para a formação de grandes craques.
Com relação aos negócios indiretos, me parece que funciona o “efeito turbo”, onde os produtos aparentemente periféricos se tornam maiores que o próprio negócio que serviu de base. Explico: aqueles que nascem em torno do esporte podem ficar com um porte maior que o do que o seu gerador!
Um exemplo disso poderiam ser os mecanismos informatizados que auxiliam os esportes como futebol, basquete, vôlei e outros, registrando a atuação de cada atleta e mostrando índices obtidos, sendo a base para planejar os treinamentos e comentários.
Outro exemplo são os programas turísticos, tendo os espetáculos esportivos como base, permitindo aos turistas levar recordações, como DVD´s e fotos, camisetas e bonés, para relembrar e documentar suas viagens.
Alguns negócios colaterais ao esporte podem ser simples e de fácil montagem ou requerer alta tecnologia e excelente marketing para sua viabilidade e sucesso, como é o caso das transmissões dos programas esportivos pelo mundo afora.
Reparem que tratamos de um universo tal que o sucesso de uma parte turbina o de outra. Na medida em que tenhamos êxito com a transmissão pela TV para todo o mundo dos eventos esportivos brasileiros, os esportistas que se apresentam passam a ter um público maior, além de nossas fronteiras, valorizando seu trabalho, sua imagem, possibilidade de venda de publicidade e até seu de trabalho esportivo.
Meus amigos, uma dose de empreendedorismo no esporte nacional pode ser um chute na crise. Muita gente estaria a salvo do desemprego e poderia até ter uma vida acima de suas perspectivas pessoais, se empregássemos mais empreendedorismo nessa área. Aos nossos empreendedores está aberta uma estrada imensa e multivariada de oportunidades. Resta saber transformá-las em sucesso.
As nossas universidades já estão oferecendo aos empreendedores muitas possibilidades de aprendizado das técnicas, métodos e instrumentos que um empreendedor precisa usar para almejar o sucesso.
Também existem empresas prontas para oferecer aos empreendedores o conhecimento que eles precisam para implantar seus empreendimentos. Vamos mencionar, como exemplo, a Luz Consultoria, empresa criada pelos alunos que vivenciaram e foram diretores da Empresa Jr da PUC-Rio (visite o site deles - http://www.lojadeconsultoria.com.br/). Eles estão prontos para apoiar os empreendedores da área do esporte de forma que ganhem mais taças para o nosso país, desta vez pelo seu bom trabalho como empreendedores do esporte.
Para empreender é como coçar, basta começar e não se para mais. Só que os resultados são bastante superiores: podem fazer a diferença que leva ao sucesso e realiza o sonho de uma pessoa.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Empreendedorismo cultural dá um tapa na crise
Muitos de vocês, caros leitores, já ouviram um mantra pessimista dizendo que cultura no Brasil não dá dinheiro. Nós temos feito tudo que podemos para exorcizar esta terrível maldição.
Mas, a resposta convincente está chegando através dos empreendedores culturais brasileiros: vejamos a razão de meu entusiasmo! Na semana passada, muitos assistiram pela TV a um vídeo do show do Roberto Carlos em Jerusalém. Não discuto gosto, eu sou louco pelo rei, mas admito que alguns de vocês possam não ter o mesmo entusiasmo, mas certamente todos irão reconhecer que a ideia de fazer aquele espetáculo, com um grande público e fazer a transmissão para diversos países é no mínimo uma inovação para os padrões do show business e resultou num sucesso que certamente nos fez esquecer a crise por algumas horas.
Quando ligo a TV e vejo o anúncio do RockInRio, já tão próximo e com Roberto Medina expressamente combatendo a maldição ao empreendedorismo cultural, fico feliz por perceber que se trata de um espetáculo criado pela cabeça tupiniquim e aprimorado ao longo dos anos, transformando-se em um evento que vai deixar os amantes de seu tipo de música muito felizes em poder assistir a seus ídolos em grandiosos espetáculos.
Mas, eu não paro por aqui: o congestionamento neste final de semana na região da Barra e Recreio foi causado pela cultura: o sucesso de mais uma Feira do Livro no Rio de Janeiro encheu de alegria a garotada que pode comprar seus livrinhos, ver seus autores e curtir com eles as histórias infantis que tinham para contar.
Querem mais? Estamos com a crise da Orquestra Sinfônica Brasileira superada e com mais uma temporada em andamento, com concertos de sucesso inquestionável, sob a condução de seus novos e antigos, mas brilhantes músicos e maestros.
Aliás, no teatro estilo Broadway, acabamos de mostrar nossa competência: quem viu o “Violinista no telhado” sabe disso e quem não viu ainda não deve perder, saiu do Rio, lotado até a última apresentação, tomara que reapareça. Também temos o musical sobre o nosso Tim Maia que espero fique mais tempo no Rio, pois eu não consegui entrada e estou esperando um grande espetáculo.
Quem disse que empreendedorismo cultural não é bom negócio? Olha que eu nem disse tudo: o cinema brasileiro vem produzindo bons filmes e com sucesso de bilheteria. Está chegando uma safra que até acho que vou escrever um blog específico sobre o nosso cinema.
Muitos dirão que temos de descontar os incentivos culturais que alguns desses espetáculos recebem: eu pergunto se o Estado brasileiro não deveria incentivar nossos empreendedores culturais para que possam derramar seus empreendimentos de sucesso? Será que esses incentivos não acabarão voltando através de mais empregos, um povo capaz de acariciar seus valores culturais e até mesmo através de impostos sobre o consumo gerado? Ouço as vozes de nossos ícones concordando comigo: que saudades de Vinicius, de Tom, de Boal, de Eleazar de Carvalho, de Cacilda Becker. Certamente eles estão abençoando nossos empreendedores culturais e dizendo que lhes cabe uma enorme responsabilidade em usar bem os incentivos recebidos, em nome da arte!
Parabéns aos empreendedores culturais brasileiros que estão dando um tapa na crise! Cultura é um grande negócio no Brasil! Podemos fornecer para o mercado interno que é bem grande e também oferecer ao mercado externo, exportar a nossa arte e nosso jeito de fazer as pessoas terem prazer e alegria.
Mas, a resposta convincente está chegando através dos empreendedores culturais brasileiros: vejamos a razão de meu entusiasmo! Na semana passada, muitos assistiram pela TV a um vídeo do show do Roberto Carlos em Jerusalém. Não discuto gosto, eu sou louco pelo rei, mas admito que alguns de vocês possam não ter o mesmo entusiasmo, mas certamente todos irão reconhecer que a ideia de fazer aquele espetáculo, com um grande público e fazer a transmissão para diversos países é no mínimo uma inovação para os padrões do show business e resultou num sucesso que certamente nos fez esquecer a crise por algumas horas.
Quando ligo a TV e vejo o anúncio do RockInRio, já tão próximo e com Roberto Medina expressamente combatendo a maldição ao empreendedorismo cultural, fico feliz por perceber que se trata de um espetáculo criado pela cabeça tupiniquim e aprimorado ao longo dos anos, transformando-se em um evento que vai deixar os amantes de seu tipo de música muito felizes em poder assistir a seus ídolos em grandiosos espetáculos.
Mas, eu não paro por aqui: o congestionamento neste final de semana na região da Barra e Recreio foi causado pela cultura: o sucesso de mais uma Feira do Livro no Rio de Janeiro encheu de alegria a garotada que pode comprar seus livrinhos, ver seus autores e curtir com eles as histórias infantis que tinham para contar.
Querem mais? Estamos com a crise da Orquestra Sinfônica Brasileira superada e com mais uma temporada em andamento, com concertos de sucesso inquestionável, sob a condução de seus novos e antigos, mas brilhantes músicos e maestros.
Aliás, no teatro estilo Broadway, acabamos de mostrar nossa competência: quem viu o “Violinista no telhado” sabe disso e quem não viu ainda não deve perder, saiu do Rio, lotado até a última apresentação, tomara que reapareça. Também temos o musical sobre o nosso Tim Maia que espero fique mais tempo no Rio, pois eu não consegui entrada e estou esperando um grande espetáculo.
Quem disse que empreendedorismo cultural não é bom negócio? Olha que eu nem disse tudo: o cinema brasileiro vem produzindo bons filmes e com sucesso de bilheteria. Está chegando uma safra que até acho que vou escrever um blog específico sobre o nosso cinema.
Muitos dirão que temos de descontar os incentivos culturais que alguns desses espetáculos recebem: eu pergunto se o Estado brasileiro não deveria incentivar nossos empreendedores culturais para que possam derramar seus empreendimentos de sucesso? Será que esses incentivos não acabarão voltando através de mais empregos, um povo capaz de acariciar seus valores culturais e até mesmo através de impostos sobre o consumo gerado? Ouço as vozes de nossos ícones concordando comigo: que saudades de Vinicius, de Tom, de Boal, de Eleazar de Carvalho, de Cacilda Becker. Certamente eles estão abençoando nossos empreendedores culturais e dizendo que lhes cabe uma enorme responsabilidade em usar bem os incentivos recebidos, em nome da arte!
Parabéns aos empreendedores culturais brasileiros que estão dando um tapa na crise! Cultura é um grande negócio no Brasil! Podemos fornecer para o mercado interno que é bem grande e também oferecer ao mercado externo, exportar a nossa arte e nosso jeito de fazer as pessoas terem prazer e alegria.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Pesquisa empreendedora ajuda o Brasil a se conhecer
A manchete que chamou a atenção foi: “Brasil ganha duas posições e sobe para 38º em ranking mundial de competitividade”. Mas, para chegar a esta conclusão é necessário que sejam levantados dados que permitam dar base a esta conclusão.
O IMD - International Institute for Management Development, importante escola de formação de executivos da Suíça, prestigiadíssima pelo seu ensino baseado estudos de casos e pelas suas pesquisas, em parceria com a FDC - Fundação Dom Cabral, possivelmente a escola de formação de executivos brasileira mais conceituada em padrões internacionais, desenvolveram pesquisas que permitiram mostrar como as empresas brasileiras estão, nesse momento, em indicadores que permitem compreender seus pontos fortes fracos e fortes, os aspectos que tem melhorado e aqueles que necessitam receber um tratamento de correção.
Essa pesquisa analisou 58 países do mundo: no aspecto “Eficiência dos Negócios”, o Brasil melhorou três posições em relação aos demais países pesquisados e passou a ocupar o 24º lugar. O PIB Brasileiro, ao redor de 1,6 trilhões de dólares, foi o 8º dentre os analisados.
Além dos números, sob o ponto de vista qualitativo, foi possível observar maior produtividade empresarial e capacidade de geração de empregos. Talvez seja o aspecto mais importante a comemorar. A classificação em si, atribuindo ao nosso país a 38ª colocação não é tão importante, estamos em tempos de muita mudança no mundo e este dado pode ser efêmero, pois se trata de uma comparação com situações momentâneas de 57 outras economias. Mas, o fato de melhorarmos em relação a nosso próprio desempenho tem um significado positivo indubitável.
O que podemos mais analisar é que continuamos a perder terreno pela nossa inércia em corrigir nossas tradicionais deficiências: por exemplo, em infraestrutura, perdemos 3 posições e estamos no 49º lugar; na saúde, também perdemos 3 posições e ocupamos a 53ª. Continuamos a investir pouco em educação básica, cerca de mil dólares ano por aluno, o que é metade do que nossos vizinhos (Argentina, Chile e México) disponibilizam por aluno a cada ano. Nem pensar em comparar com a Comunidade Européia, onde se investe seis vezes mais que no Brasil.
Agora, graças a pesquisas empreendedoras, temos os dados em nossa mão e só nos restar olhar para o que devemos fazer para reverter os números pouco promissores. Novamente, devemos usar os métodos que aprendemos no empreendedorismo: planejar, conseguir recursos para executar o plano e colocar em marcha, com persistência e continuidade, as ações para reverter esta situação crônica em que vivemos, sempre esperando que um milagre aconteça e que nossa infraestrutura deixe de ser nosso calcanhar de Aquiles.
O IMD - International Institute for Management Development, importante escola de formação de executivos da Suíça, prestigiadíssima pelo seu ensino baseado estudos de casos e pelas suas pesquisas, em parceria com a FDC - Fundação Dom Cabral, possivelmente a escola de formação de executivos brasileira mais conceituada em padrões internacionais, desenvolveram pesquisas que permitiram mostrar como as empresas brasileiras estão, nesse momento, em indicadores que permitem compreender seus pontos fortes fracos e fortes, os aspectos que tem melhorado e aqueles que necessitam receber um tratamento de correção.
Essa pesquisa analisou 58 países do mundo: no aspecto “Eficiência dos Negócios”, o Brasil melhorou três posições em relação aos demais países pesquisados e passou a ocupar o 24º lugar. O PIB Brasileiro, ao redor de 1,6 trilhões de dólares, foi o 8º dentre os analisados.
Além dos números, sob o ponto de vista qualitativo, foi possível observar maior produtividade empresarial e capacidade de geração de empregos. Talvez seja o aspecto mais importante a comemorar. A classificação em si, atribuindo ao nosso país a 38ª colocação não é tão importante, estamos em tempos de muita mudança no mundo e este dado pode ser efêmero, pois se trata de uma comparação com situações momentâneas de 57 outras economias. Mas, o fato de melhorarmos em relação a nosso próprio desempenho tem um significado positivo indubitável.
O que podemos mais analisar é que continuamos a perder terreno pela nossa inércia em corrigir nossas tradicionais deficiências: por exemplo, em infraestrutura, perdemos 3 posições e estamos no 49º lugar; na saúde, também perdemos 3 posições e ocupamos a 53ª. Continuamos a investir pouco em educação básica, cerca de mil dólares ano por aluno, o que é metade do que nossos vizinhos (Argentina, Chile e México) disponibilizam por aluno a cada ano. Nem pensar em comparar com a Comunidade Européia, onde se investe seis vezes mais que no Brasil.
Agora, graças a pesquisas empreendedoras, temos os dados em nossa mão e só nos restar olhar para o que devemos fazer para reverter os números pouco promissores. Novamente, devemos usar os métodos que aprendemos no empreendedorismo: planejar, conseguir recursos para executar o plano e colocar em marcha, com persistência e continuidade, as ações para reverter esta situação crônica em que vivemos, sempre esperando que um milagre aconteça e que nossa infraestrutura deixe de ser nosso calcanhar de Aquiles.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
O Programa Crescer
A presidente Dilma Rousseff lançou em 24 de agosto o Programa de Microcrédito Orientado, que recebeu o nome de Programa Crescer. Seu objetivo é oferecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores individuais e microempresas. Os juros serão de 8% ao ano, bem abaixo do que é praticado no mercado.
Nos próximos três anos, a expectativa do governo é atender 3,4 milhões de clientes, o que quadruplicaria o número de beneficiados por esse tipo de crédito, direcionados aos que tem pequenos negócios.
Sempre sou favorável a medidas que favoreçam aos empreendedores, mas também creio que é necessário compreendermos não só o alcance, mas também que parcela de empreendedores é atendida pela medida. O Ministro Guido Mantega afirmou: "O objetivo desse programa é estimular a população mais pobre (a criar microempresas) e gerar emprego nessa faixa de renda".
Uma boa parte de microempresas criadas no país é resultante do empreendedorismo por necessidade e seus criadores muitas vezes não formalizam tais empreendimentos e nem tem condições de abrir uma conta bancária. Esses empreendimentos possivelmente não poderiam usufruir dos benefícios dessa medida sem que antes satisfizessem estes requisitos.
O que leva o empreendedor por necessidade a abrir uma empresa, ainda que sem formalização, é a sua própria impossibilidade de se enquadrar nos requisitos do mercado de trabalho para conseguir um emprego, ainda que de modo informal. Muitas vezes falta-lhes a escolaridade mínima exigida para alcançar uma vaga de trabalho nesse mercado.
Certamente, uma parte das microempresas é criada para atender a mercados locais, sobretudo comercializando produtos fabricados ou produzidos por terceiros. Muitos desses empreendimentos constituem o pequeno comércio de muitas cidades. Para esses, o crédito deste programa pode ser útil e até mesmo induzir o empreendedor a formalizar seu empreendimento, abrir contas bancárias e operar de modo mais transparente.
Para que isso ocorra verdadeiramente e em escala, vai haver necessidade de um grande trabalho de apoio a esses empreendedores que necessitam se preparar para planejar e para fazer a gestão de seu micro empreendimento.
Caso este apoio não seja prestado na medida correta, o risco de não pagamento desses empréstimos poderá ser grande e esse fato será um desestímulo a abertura de novos empreendimentos.
Quanto à criação de postos de trabalho através de micro empreendimentos é algo que pode ser questionado: talvez seja mais provável que empreendimentos inovadores venham a ser uma fonte de geração de empregos mais eficaz. Governos, em geral, fomentam a criação de empreendimentos inovadores e baseados em tecnologia porque são capazes de criar mais empregos e de melhor remuneração. O objetivo é aumentar a renda média das pessoas e estimular pessoal melhor nível.
O que estamos ponderando, tem por objetivo minimizar o valor da medida governamental, ela tem seu espaço e vale a pena ser feita. Mas queremos reforçar a necessidade de se investir em empresas de base tecnológica ou inovadoras. Isso poderia ser feito com a mobilização da FINEP para dar continuidade ao Programa Prime, congelado desde 2010 e que certamente poderia ser uma fonte estimuladora da criação de novas empresas e da geração de muitos empregos qualificados.
Preocupa-me que se possa pensar que a medida de sucesso nas ações governamentais fique fixada na quantidade de empreendedores atendidos, o que seria uma compreensão errada, pois existe a necessidade de atender a muitos outros requisitos do empreendedorismo no país, com um elenco de medidas dirigidas a resolver uma diversidade de alternativas empreendedoras.
Nos próximos três anos, a expectativa do governo é atender 3,4 milhões de clientes, o que quadruplicaria o número de beneficiados por esse tipo de crédito, direcionados aos que tem pequenos negócios.
Sempre sou favorável a medidas que favoreçam aos empreendedores, mas também creio que é necessário compreendermos não só o alcance, mas também que parcela de empreendedores é atendida pela medida. O Ministro Guido Mantega afirmou: "O objetivo desse programa é estimular a população mais pobre (a criar microempresas) e gerar emprego nessa faixa de renda".
Uma boa parte de microempresas criadas no país é resultante do empreendedorismo por necessidade e seus criadores muitas vezes não formalizam tais empreendimentos e nem tem condições de abrir uma conta bancária. Esses empreendimentos possivelmente não poderiam usufruir dos benefícios dessa medida sem que antes satisfizessem estes requisitos.
O que leva o empreendedor por necessidade a abrir uma empresa, ainda que sem formalização, é a sua própria impossibilidade de se enquadrar nos requisitos do mercado de trabalho para conseguir um emprego, ainda que de modo informal. Muitas vezes falta-lhes a escolaridade mínima exigida para alcançar uma vaga de trabalho nesse mercado.
Certamente, uma parte das microempresas é criada para atender a mercados locais, sobretudo comercializando produtos fabricados ou produzidos por terceiros. Muitos desses empreendimentos constituem o pequeno comércio de muitas cidades. Para esses, o crédito deste programa pode ser útil e até mesmo induzir o empreendedor a formalizar seu empreendimento, abrir contas bancárias e operar de modo mais transparente.
Para que isso ocorra verdadeiramente e em escala, vai haver necessidade de um grande trabalho de apoio a esses empreendedores que necessitam se preparar para planejar e para fazer a gestão de seu micro empreendimento.
Caso este apoio não seja prestado na medida correta, o risco de não pagamento desses empréstimos poderá ser grande e esse fato será um desestímulo a abertura de novos empreendimentos.
Quanto à criação de postos de trabalho através de micro empreendimentos é algo que pode ser questionado: talvez seja mais provável que empreendimentos inovadores venham a ser uma fonte de geração de empregos mais eficaz. Governos, em geral, fomentam a criação de empreendimentos inovadores e baseados em tecnologia porque são capazes de criar mais empregos e de melhor remuneração. O objetivo é aumentar a renda média das pessoas e estimular pessoal melhor nível.
O que estamos ponderando, tem por objetivo minimizar o valor da medida governamental, ela tem seu espaço e vale a pena ser feita. Mas queremos reforçar a necessidade de se investir em empresas de base tecnológica ou inovadoras. Isso poderia ser feito com a mobilização da FINEP para dar continuidade ao Programa Prime, congelado desde 2010 e que certamente poderia ser uma fonte estimuladora da criação de novas empresas e da geração de muitos empregos qualificados.
Preocupa-me que se possa pensar que a medida de sucesso nas ações governamentais fique fixada na quantidade de empreendedores atendidos, o que seria uma compreensão errada, pois existe a necessidade de atender a muitos outros requisitos do empreendedorismo no país, com um elenco de medidas dirigidas a resolver uma diversidade de alternativas empreendedoras.
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