sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que devemos fazer para avançar no empreendedorismo brasileiro

Estamos vivendo um momento importante para o empreendedorismo no Brasil: a conscientização sobre o tema ampliou-se bastante e a própria discussão do tema EDUCAÇÃO ajuda a reflexão sobre o empreendedorismo, do mesmo modo como a preocupação com a INOVAÇÃO.

Podemos dizer que o empreendedorismo é irmão gêmeo da EDUCAÇÃO e da INOVAÇÃO.

Temos mostrado em nossas aulas que o empreendedor não é uma pessoa que recebeu uma unção divina e nasceu empreendedor: como um pianista, um pintor ou um engenheiro o empreendedor é construído. Trata-se de um processo de aquisição de conhecimentos e de experimentação, onde se estudam conceitos e métodos e se aprende pela repetição e a vivencia.

Isso mostra que o empreendedor só pode crescer em seu “métier” na medida em que estuda e testa sua aprendizagem fazendo mais empreendimentos: este é o papel da EDUCAÇÃO.

Já vimos que a INOVAÇÃO é o fator critico de sucesso para um país: podemos ganhar muito dinheiro vendendo “commodities”, mas estaremos sempre sujeitos à concorrência em Oceano Vermelho. Só a INOVAÇÃO é capaz de nos tirar do mar ensanguentado e nos colocar no Oceano Azul, podendo até ganhar pela acumulação da habilidade de inovar.

Inovar é uma maneira de buscar o que as pessoas não esperam, mas se encantam quando compreendem seu alcance. É o que mais atemoriza os concorrentes: a capacidade de inovar que seus adversários de mercado são capazes de apresentar.

Bem, dito isso, vocês agora podem imaginar porque decidi tratar deste tema neste blog: é que no Brasil estamos bastante longe de trabalhar bem com EDUCAÇÃO e com INOVAÇÃO: há necessidade de um esforço muito grande nessas áreas.

Já evoluímos muito em EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA, mas é necessário dar novos passos: por um lado, a massificação de uma educação empreendedora seria muito benvinda no país e nesse ponto temos um longo caminho a percorrer.

Outro aspecto importante é a verticalização do ensino de empreendedorismo: é necessário levar adiante os planos de Fernando Dolabela e colocar esse ensino desde a primeira escola.

Um terceiro ponto na questão educacional é a desmistificação: ensinar o empreendedorismo com a incorporação intensiva do fazer junto e de experimentar para testar a aprendizagem é fundamental nesse momento.

A criação de mecanismos de ensino bastante simplificados que permitam ao empreendedor estudar exatamente o ponto que ele necessita e aplicar em seguida. Se este modo de fazer as coisas obtiver o sucesso que espero, certamente o empreendedor vai voltar para beber na fonte do ensino antes de se lançar a resolver seu próximo desafio.

Quanto à INOVAÇÃO devemos introduzir em nossos cursos de planejamento de negócios a atividade de aproximar o empreendedor de seu mercado para que ouça, ele próprio, a impressão que os seus possíveis clientes terão dos produtos e serviços que pretende oferecer. Deste modo, espero que ele venha a perceber o quanto é importante sair do Oceano Vermelho e alcançar através da INOVAÇÃO o tranquilo Oceano Azul.

A resposta inovadora passa bem perto da tecnologia, embora hoje saibamos que os métodos de comercialização e os serviços que uma empresa pode prestar a seus clientes são também passiveis de serem inovadores. Mas não podemos nos contentar em dispensar a tecnologia de nosso processo de INOVAÇÃO.

Sugiro aos empreendedores e, sobretudo, aos professores de empreendedorismo que reflitam bastante sobre estes pontos e que na volta das férias ponham mãos a obra para evoluir nesses aspectos vitais para o sucesso do empreendedorismo.

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