Nós, brasileiros, temos uma resistência excepcional à tecnologia. Será que tenho razão? Em cada casa, quando compramos algum aparelho que tenha embutida uma boa dose de tecnologia, são poucas as pessoas que procuram aprender como funciona e como operar aquele objeto. Mesmo quando se trata de algum objeto do desejo da família.
Aparecem logo as desculpas: já estou velho demais para aprender como estas coisas complexas funcionam. Frases lapidares como esta escondem o medo de aprender como as engenhocas tecnológicas funcionam.
Até mesmo já ouvi uma assim: eu sempre fui ruim em matemática e agora o resultado é que tenho horror a aprender estas coisas difíceis e complicadas.
Meus amigos mais jovens, por favor, me ajudem: vocês já compreenderam que sem a tecnologia ainda estaríamos na idade da pedra e que ela é a maior aliada que temos para vencer o nosso atraso, para resgatar nossa imensa dívida com o mundo moderno e seus confortos e vantagens.
Não pensem que eu queira minimizar as dificuldades existentes para que as pessoas que não vivem em torno da tecnologia possam compreendê-la. Não se trata de algo fácil, mas certamente é necessário e não se pode deixar a inércia vencer esta batalha.
Meus amigos que não gostam de matemática e até mesmo nunca gostaram: eu posso lhes firmar que vocês não tiveram um bom ensino de matemática. Ou o método de ensinar era ruim, ou o professor não sabia conduzir o processo de aprendizagem.
Por exemplo, varias gerações, e esse mal até hoje está entre nós, estudaram física decorando formulas e as aplicando para descobrir o fator que desconhecíamos. Nada de conversar sobre o fenômeno físico e sua manifestação na natureza. O mesmo vale para a química.
Assim sendo, não é de estranhar a rejeição da tecnologia, por mais que ela seja bem vinda, afastamento e pensar nos benefícios que a tecnologia nos entrega. Mas, isso é urgente! O empreendedorismo identifica a realidade e observa seus diferentes matizes: mas, em seguida, sai em busca das oportunidades que dela podem ser exploradas.
Em ensino, a quantidade de oportunidades é extraordinária e é por seu intermédio que vamos formar novas gerações menos avessas à tecnologia e vamos passar a considerá-la uma parceira em todos os nossos empreendimentos.
Empreendedorismo é mudar o mundo também em seus valores e esta é uma barreira que temos de enfrentar para viabilizar nosso progresso. Não podemos imaginar que iremos vencer apesar de nosso distanciamento da tecnologia ou apesar de mantermos métodos de ensino do tempo das carruagens.
O lado material que a tecnologia possa ter não a torna menos vital para nossos objetivos. É necessário sabermos realizar nossos objetivos de braços dados com ela.
Felizmente, em relação ao ensino já conseguimos compreender que é necessário reinventá-lo no Brasil. Para começar é preciso instigar nos nossos alunos a vontade de ir buscar soluções em vez de assistir passivamente as aulas e pensar que elas vão inserir em nossas cabeças as soluções dos problemas que iremos enfrentar. Ensinar é desafiar e é motivar para a busca dos caminhos que vamos seguir adiante.
terça-feira, 19 de julho de 2011
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