quinta-feira, 14 de julho de 2011

Só deu conta da tempestade depois do ronco do trovão

Falamos muito em planejamento no empreendedorismo: por quê? A razão é que queremos reduzir os riscos. Quem planeja pensa antes no que vai fazer e tem a oportunidade de se precaver contra os riscos que conseguir identificar.

Nosso título é um ditado sertanejo antigo e que mostra o que acontece com quem não planeja e não está atento ao que se passa no mundo a sua volta.

A observação da realidade ou do mundo que nos rodeia é uma atitude básica para os empreendedores: muitas vezes não deve se contentar com suas próprias percepções do ambiente que o cerca. Deve fazer levantamentos para saber como as outras pessoas estão vendo o que está se passando.

Com a compreensão clara da realidade, o empreendedor pode planejar e buscar sua realização, mas com a identificação dos riscos de cada etapa da vida de seu empreendimento ele pode criar o seu plano usando caminhos que sejam mais seguros ou dividir riscos em duas etapas diferentes para minimizar sua consequência.

Se o nosso empreendimento é o desenvolvimento do Brasil, podemos relacionar claramente os riscos que ameaçam nosso futuro: os problemas de educação e formação de nossa mão-de-obra; os elevados impostos que resultam em que 30% de nosso trabalho seja para pagá-los; os juros estratosféricos que adicionamos aos empréstimos que tomamos ou mesmo para rolar a dívida interna que temos; os custos da máquina estatal e sua má qualidade na prestação dos serviços ao cidadão; a reduzida infraestrutura que limita nossa eficiência e ainda acaba por nos baixar o padrão de qualidade de vida.

Esses problemas que listei estão aí faz muitos anos e hoje em dia podemos dizer que a maioria do povo brasileiro sabe de sua existência. Porque temos uma atitude passiva em relação a eles? Porque mesmo se os conhecemos, compreendemos os riscos que trazem para nosso futuro e os prejuízos para o presente, não temos uma atitude empreendedora de lutar para que sejam resolvidos?

Devemos meramente esperar que os governos se ocupem deles? Não caberia uma parcela de nossa participação para levar a esta ação?

Entidades da sociedade civil já estão se movimentando para buscar soluções e influenciar governos a adotá-las: é o caso da FIESP e do movimento Brasil Eficiente. O que você acha que nós empreendedores podemos fazer para participar dessa solução?

Não espere que o trovão ronque para se preparar para a tempestade: quem sabe esta tempestade até pode ser evitada. Sua participação é essencial.

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