sábado, 25 de setembro de 2010

OS CRIADORES DE RIQUEZA

Um conjunto de pessoas, especialmente as que militam em grupos que defendem políticas de transferência de renda como forma de chegar à Justiça Social, acredita que programas de distribuição de renda são criadores de riqueza.
Este é certamente um engano que os empreendedores não devem cometer: a geração de riqueza se faz pelo trabalho útil para a sociedade. Em “Uma investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações” Adam Smith, pai da economia moderna, afirma que a pobreza não tem causas, pois é o estado natural do ser humano.
As desculpas de que uma pessoa é pobre por razões como " a outra ser rica" ou "pela espoliação do patrão ou do estado ou dos poderosos" não tem consistência no entendimento de Adam Smith: para se criar riqueza e multiplicá-la é necessário que o homem faça uma especialização em uma área de trabalho de seu gosto ou preferência e que contribua com seu esforço, dedicação e capacidade empreendedora. Hoje poderíamos até traduzir este pensamento em algo como “só o trabalho é capaz de construir riqueza”.
Os empreendedores tem um papel especial no processo de criação de riqueza, especialmente se considerarmos os diferentes tipos de empreendedorismo agindo de modo integrado: de um lado, a criação de novas empresas, gerando produtos e serviços que são oferecidos ao público e que resultam na oportunidade da criação de empregos variados. De outro, o empreendedor social, com sua sensibilidade para as carências das comunidades procurando atendê-las, mas ao mesmo tempo buscando a autossuficiência para esses grupamentos. Os governos mudando sua atitude para a prática de um empreendedorismo para desenvolvimento local, com projetos consequentes e integrados, com a continuidade que só os empreendimentos bem planejados são capazes de prover.
As ilusões de que "tira de uns para dar a outros" não leva à solução dos problemas da sociedade: é preciso aumentar a riqueza como nos ensina Adam Smith para que seja possível ter mais e equacionar de modo adequado a todas as necessidades. O mais importante não é distribuir, mas provocar a inclusão de todos os que puderem contribuir para a construção da riqueza. A solução está em criar mais emprego e preparar um indivíduo para exercê-lo, que receberá pelo seu trabalho e poderá ter o orgulho de se sentir participante do processo de desenvolvimento da sociedade em que vive.

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