quinta-feira, 19 de abril de 2012
Bons exemplos a serem seguidos
Temos evoluído bastante aqui no Brasil, em tudo que se trata de empreendedorismo, mas a politica que pauta as ações governamentais e as entidades do governo não tem tido muita continuidade em suas iniciativas.
Um exemplo disso é o que aconteceu com a FINEP em relação ao Prime - Primeira Empresa Inovadora, um programa que facilitava bastante o empreendedor na construção de seu empreendimento. Funcionou uma vez em 2009 e desde então não foi mais operacionalizado pela FINEP.
Um bom exemplo na área governamental é o do Estado de Israel: o empreendedorismo foi considerado estratégico e como prioridade nacional. A partir daí foram criadas 25 incubadoras que têm sido mantidas pelo Estado e um mecanismo de financiamento de 250.000 dólares para os projetos inovadores que sejam aprovados dentro de um critério claro e construtivo. Depois de 15 anos de seguir esta politica, sem pular nenhum ano, houve uma evolução do critério para permitir que agentes financeiros que queiram investir nas empresas nascentes israelenses possam se associar através das incubadoras e isso trouxe mais 14 bilhões de dólares para os empreendedores israelenses, além do que o governo já investia e manteve.
Por isso, lemos tantas noticias de sucesso trazidas pelas empresas dos jovens daquele país. Claro que é também importante o ambiente de pesquisa das universidades, como é o caso do Technion e outras mais que participam deste ambiente empreendedor e de construção de inovação.
Será que, neste momento em que a presidência do Brasil busca parcerias estratégicas para formar pessoal de alta qualificação, não seria também oportuno e conveniente pensar em estabelecer um politica governamental para o empreendedorismo, inspirada no exemplo israelense?
Compreendo as dificuldades de se implantar novos processos e politicas no Brasil, mas esse desafio pode ser compensado pela solução do dramático atraso nacional em relação à inovação e a nossa péssima colocação no ranking mundial desta área.
Do que estamos falando em termos de recursos? Se imaginarmos que, num primeiro momento, o governo brasileiro escolhesse as vinte melhores incubadoras de empresas do país e passasse a dar a elas condições de prestar um bom serviço, poderíamos estar falando em algo como R$ 120.000.000,00 por ano, contemplando cada incubadora com R$ 500.000,00 a cada mês.
Se ainda imaginarmos que seja restabelecido o Programa Prime, com a geração de 30 novas empresas em cada incubadora por ano, cada uma recebendo cerca de R$150.000,00, teríamos 600 novas empresas que consumiriam R$ 90.000.000,00 por ano.
O resultado é que poderiam ser implementadas essas ideias com apenas R$ 210 milhões em cada ano. O governo de Israel investe 500 milhões de dólares por ano em programa similar.
Presidente Dilma, autoridades do Ministério de Ciência e Tecnologia, leiam este blog, podemos ajuda-los a implantar programas simples, eficazes e que se pagam em pouco tempo. Já imaginaram esta novas empresas retornando em impostos e empregos todo o investimento feito, em menos de cinco anos?
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