Meus amigos, se perguntarmos a qualquer pessoa se quer ser rica, creio que a resposta é certamente afirmativa. Mas, ser percebido pelas demais pessoas como milionário tem sido um problema para muita gente, especialmente aqui no Brasil.
Parecer rico carrega algum estigma. Talvez seja porque do conjunto de abonados de nosso país haja muitos que chegaram a essa situação por meio de atitudes reprováveis: exploração de mão-de-obra, pagamento os salários de abaixo do valor de mercado e subtração dos direitos trabalhistas; participação em conluios onde a corrupção predomina; recebimento de heranças sem nenhuma ação de mérito ou de colaboração com a geração da riqueza; enfim, a origem dos bens tem alguma característica que desqualifica seu detentor.
Mas, quando estamos no ambiente empreendedor, é muito provável que a riqueza seja o resultado de muito trabalho, de abertura de vagas para que seus colaboradores possam trabalhar e sustentar suas famílias, de muita competência em planejar e implantar seus projetos, com uma gestão de alta qualidade, tantas vezes resultando em pagamento de impostos que permitiram aos governos fazer seus investimentos em beneficio da população.
Este empreendedor que enriqueceu em consequência de uma sistemática ação positiva e elogiável, deve se orgulhar de ter atingido esta situação. Ser rico neste caso é algo que vem premiar um comportamento correto e persistente, com habilidade e correndo riscos calculados, com um planejamento para contingências adversas bastante bem elaborado.
Nosso empreendedor milionário Eike Batista não cansa de dizer do seu orgulho de ser um dos mais ricos do mundo. Quando faz esta afirmação, não deixa de lembrar que esta situação privilegiada é o resultado da geração de empreendimentos, de produtos importantes para o consumo das pessoas, de empregos, pagando altos impostos, contribuindo com as populações e comunidades na região onde ficam suas empresas.
Proponho que cada um que vive no ambiente do empreendedorismo pare para pensar sobre este tema e busque uma resposta a minha pergunta: entre os empreendedores brasileiros que você conhece, a maioria deles tem um comportamento ético digno ou são pessoas que buscam o enriquecimento sem respeitar os direitos alheios e sem prestar os tributos necessários para a sociedade?
Minha resposta é bastante favorável aos nossos empreendedores e, na educação empreendedora que lhes transmitimos enquanto alunos é marcante a valorização da questão do comportamento ético e a valorização de ações que visam a colaborar com a solução de problemas sociais.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
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Prezado Professor Salim,
ResponderExcluirPonto muito interessante explorado em seu texto !
Em algumas ocasiões percebi uma certa admiração dos funcionários aos empreendedores que apresentam sinais de acúmulo de riqueza. De alguma maneira eles se sentiam seguros de estar em uma empresa "forte" que produz o enriquecimento.
Quanto a enriquecer, acredito que existe realmente um conflito moral. Como pode-se sentir bem com a pobreza ao seu redor ? Quão seguro posso me sentir dadas as condições de segurança pública ?
Como experiência própria abri mão de um negócio que desenvolvi pois, após fase inicial de operação, o retorno não se tornava mais atraente ao se legalizar toda a operação.
Vendi minha participação e a empresa segue até hoje funcionando da mesma maneira.
Minha opção foi me desligar de algo que não teria condição de se manter de maneira totalmente legalmente. A riqueza produzida no negócio traria um grande risco pessoal e pequeno impacto social. Dessa forma, não valeu a pena para mim seguir adiante no negócio.
Abraços e parabéns pelo texto.