Estamos vivenciando um momento muito importante do empreendedorismo brasileiro: trata-se da fase de namoro, noivado e talvez casamento do empreendedorismo com a inovação. Até agora, podemos dizer que existem exemplos de inovação junto com o empreendedorismo, mas falta escala.
Os dois se namoram e pretendem noivar, mas não sabem ainda como fazer para isso acontecer. O noivado já viria com uma grande perspectiva de casamento.
Entretanto, é necessário encontrar os caminhos para fazer acontecer este noivado. A partir daí eu pensei nos padrinhos. Imagine que se promova a convivência entre os laboratórios de uma universidade com empresas nascentes que tenham o objetivo de inovar, juntando-os em um só local. O padrinho seria o Centro de Empreendedorismo voltado para a Inovação: sua função seria gerir este espaço e conseguir que os laboratórios contribuam com as empresas nascentes na formulação de produtos inovadores.
Mas, em tudo isso seria necessário ter pa(i)trocinadores que teriam de custear esta infraestrutura: os custos de manutenção do Centro. Onde buscar estes patrocinadores? Entidades que tenham compromisso em gerar inovação seriam os candidatos mais fortes, secundados pelos fundos que tenham interesse em investir em empresas inovadoras e que queiram acompanhar sua trajetória desde o inicio.
Por exemplo, no primeiro grupo - das entidades que tem compromisso com inovação - podemos relacionar a FINEP e as FAP´s de cada Estado, sendo também possível colocar algumas Prefeituras na relação.
Os custos operacionais do Centro de Empreendedorismo podem ser mantidos pelos patrocinadores deste primeiro grupo, já o avanço desses centros, com a oferta de melhores condições de trabalho, poderia ser obtido com os recursos dos fundos que viessem a encontrar e investir em empresas lá nascidas e desenvolvidas. Na medida em que recursos venham a fluir dos fundos de investimento nas empresas, os Centros podem vir a fazer reservas visando sua autossuficiência.
É possível pensar que aceleradoras possam fazer o papel do Centro de Empreendedorismo, mas alerto que o papel que estamos imaginando é maior que o das aceleradoras. É fundamental conseguir desenvolver produtos inovadores e para isso a parceria entre os centros de pesquisa e as empresas é essencial e precisa ser trabalhada com muita competência e habilidade.
Esta ideia precisa ser experimentada e, no inicio, precisa ser bancada por um patrocinador, sob pena de não se conseguir sobreviver. Pode ser que, com o tempo e a experiência conquistada, seja possível dispensar o patrocínio, conquistar a autossuficiência para os Centros.
Esta ideia precisa ser experimentada no Brasil e estou buscando mais interessados em desenvolvê-la e apoiá-la. Procure-me se você quiser tratar desse assunto. Podemos criar um Centro em qualquer lugar do país.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
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