quinta-feira, 12 de maio de 2011

Oportunidade para crescer II

Vamos continuar a aprofundar a oportunidade da conjunção de dois fatores: a existência de capital para investimentos e de empresas de tecnologia com capacidade de inovar, associando a isso a compreensão do valor das aceleradoras de empresas.

Como mostramos em nosso ultimo post, o aproveitamento desta oportunidade dependerá da habilidade dos participantes em conciliar interesses e aspirações dos atores em todo o processo, para que todos possam ter sua participação justamente remunerada.

Vamos analisar os interesses e visões de cada participante e começaremos pelos empreendedores. Certamente, os empreendedores consideram que são eles os principais atores, uma vez que tiveram a ideia de sua empresa e arriscaram bastante para erguer o empreendimento em sua fase mais crítica e incerta, mostrando suas possibilidades de crescimento. O empreendedor dedicou todo o seu esforço durante possivelmente dois a três anos antes de chegar a um plano de crescimento capaz de receber o apoio de uma incubadora ou aceleradora e de fundos de investimento e anjos de negócios.

Sob este ponto de vista, levando em conta ainda que o sucesso do empreendimento representará a realização do sonho do empreendedor, podemos dar razão ao empreendedor em querer receber a maior recompensa pelo sucesso que possa ser obtido.

Entretanto, é importante que o empreendedor tenha a humildade de reconhecer que sozinho não conseguirá fazer seu empreendimento chegar ao mesmo resultado que se tiver a ajuda do capital investir, do conhecimento de mentores e deve relembrar que no inicio de tudo o papel exercido pela incubadora mãe foi determinante e que agora a aceleradora lhe aporta uma continuidade nessa mentoria.

Enfim, é necessário que os atores do sistema sejam capazes de lutar pelo que lhe é justo receber, mas não deixarem de obter o sucesso maior pela atitude de não reconhecimento ou de falta de generosidade na divisão dos resultados.

Temos tido experiências com muitos empreendedores, especialmente com os jovens, percebemos que muitos não valorizam o papel das incubadoras, dos mentores e dos anjos, como deveriam fazer. Certamente, esses mesmos empreendedores costumam ter dificuldade em lidar com investidores e estabelecer condições para que sua empresa atinja o máximo sucesso que pode obter.

Assim sendo, nosso recado aos empreendedores é que busquem um ponto de equilíbrio em que consigam capturar todos os elementos que são fundamentais para o crescimento da empresa, mas que a divisão dos resultados do sucesso seja justa e que contemple a cada participante de modo a estimulá-lo a trazer sua contribuição do modo mais entusiástico possível. As dificuldades a serem vencidas são grandes e fazem com que tenhamos necessidade de mobilizar todas as forças e até reservas que possam ser obtidas.

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