sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Não basta o casamento da Pesquisa com a Inovação

Recebemos do José Alberto Aranha, diretor do Instituto Genesis, uma mensagem que nos faz revisitar o tema de nosso ultimo blog. Diz Aranha: “Só acrescentaria ao artigo que a ligação da empresa com a universidade tem que ser feita por um personagem que é o empreendedor”.

Meu caro leitor, o Aranha está corretíssimo: sem o empreendedor o casamento não vai acontecer, quando muito haverá um namoro que não se traduzirá em produtos ou serviços inovadores para a sociedade.

Como atrair o empreendedor para o ambiente em que se encontra a Pesquisa? Como construir enfim um ambiente de Inovação?

Muitas vezes, o pesquisador que está no ambiente de Pesquisa se transforma no empreendedor: como isso acontece? Na verdade, as Universidades têm incluído cursos de empreendedorismo em seus currículos: inicialmente visam despertar o empreendedor que existe em cada um de nós. Caso haja um interesse maior, são oferecidos mais cursos e até mesmo podem ser construídos domínios adicionais à formação de origem do aluno.
Isso significa que o empreendedorismo faz parte da formação do aluno universitário e isso pode significar que ele poderá mais adiante ter um olhar típico do empreendedor: vai observar a realidade pensando em como aproveitar as oportunidades que surgem e como fazer com que efetivamente aconteçam.

Os laboratórios e os centros de pesquisa são locais extremamente propícios para se encontrar oportunidades, para quem tem o olhar do empreendedor: enquanto o pesquisador puro está em busca da compreensão de como funcionam as coisas, para depois entender porque funcionam daquela maneira, o empreendedor parte do mesmo ponto, mas quer saber o que podemos fazer com aquelas revelações para mudar a vida das pessoas.

É nesse ponto que vai nascer o empreendimento inovador: a busca da oportunidade de modificar a vida das pessoas é uma preocupação do empreendedor. Ele precisa da ajuda do pesquisador para ir além da busca do como e porque: pretende dar utilidade ao que aprendemos, para que as pessoas incorporem esse conhecimento que adquirimos às suas vidas.

Há mais um aspecto que requer formação e perfil – a gestão do projeto e do negócio a ser implantado. O empreendimento terá sucesso com uma boa ideia, a percepção da viabilidade de sua aplicação e a administração de sua construção, negociação e gerenciamento.

Nem de longe é fácil fazer isso acontecer: por isso mesmo, se reconhece que existe algo mais além da pesquisa. É esse o sentido da inovação. Para que este casamento entre a Pesquisa e a Inovação seja bem sucedido, são essenciais as figuras do empreendedor e do gestor: obrigado Aranha por nos ajudar a compreender mais esse aspecto do processo da inovação.

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