sábado, 17 de julho de 2010

REDES SOCIAIS VIRTUAIS E COMÉRCIO VIA INTERNET

Esta semana, Flavio Berman, um dos empreendedores que criou o Kone, esteve conversando comigo e vale a pena trazer para vocês os temas que tratamos, sobretudo para quem acha que vender pela Internet é algo que basta ter um bom site e o resto se arranja. Certamente esta posição é o cúmulo da ingenuidade.

Temos visto que as redes virtuais têm progredido tanto, que cada um de nós já pertence a várias delas e temos a percepção de que está se formando um congestionamento: começamos a não aceitar entrar para nenhuma nova rede. Mas, pior que isso, é a constatação de que está dando muito trabalho para manter os contatos com os amigos de rede e não temos tido um resultado que seja compensador.

Numa primeira análise, sentimos falta de algum fator que servisse de razão para aglutinar as pessoas: um interesse comum ou uma causa. Seria aprofundar o conceito da rede social para que se tivesse dentro de cada rede, onde participam pessoas que se conhecem e que podem ter alguns pontos comuns de interesse, uma divisão em categorias. Cada categoria abrigaria um subconjunto da comunidade da rede, pela identificação de uma área de interesse comum.

Um indivíduo poderia pertencer a uma comunidade, se inscrevendo na rede virtual, mas, adicionalmente,deveria se inscrever em categorias que representassem o seu gosto, interesse cultural, esportivo, gastronômico, econômico, etc.

Bem, isso tudo deve parecer bastante lógico e simples para todos os leitores, mas nesse ponto é que começa o problema: vamos supor uma categoria já devidamente povoada e que tenha interesse comum em algum ponto, Para ficar mais claro, vamos exemplificar: digamos que a categoria seja constituída de amantes de filmes musicais.

Se imaginarmos o comercio pela Internet, essa categoria deveria receber dos anunciantes informações que fossem vinculadas a filmes musicais. Seria um processo previsto nos sistemas que gerenciam o relacionamento com os clientes de determinado interesse.

Entretanto, a percepção que temos é que esta categoria não ficará satisfeita por muito tempo recebendo os mesmos tipos de anúncios ou de informações. Cada membro desta categoria vai pretender receber algo mais personalizado, que leve em conta o seu comportamento pessoal.

Toda esta conversa vem a delinear uma figura que seria um animador de categoria: um indivíduo que poderia ser conhecedor dos mecanismos de CRM (Consumer Relationship Management) e dos recursos de comunicação pela Internet e que estivesse assessorado por um especialista no tema da categoria, em nosso exemplo, seria um expert em filmes musicais. Assim, ele poderia enviar para cada membro da categoria apenas as mensagens que efetivamente pudessem lhe interessar.

Este texto teve por objetivo mostrar a necessidade de aprofundar nosso conhecimento sobre o tema, para que se compreenda que vender pela Internet, de modo consistente e sistemático, requer a implantação de mecanismos mais sofisticados e baseados em conhecimentos sobre cada tema de venda. Também será necessário associá-los aos recursos oferecidos pela informática e pela Internet. Seria uma venda de relacionamento, porém virtual.

Voltaremos a este tema com as questões vocês venham a levantar e outras reflexões que serão feitas.

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