sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dinheiro à vista para o empreendedorismo

O 2º. Censo Brasileiro da Indústria de Private Equity e Venture Capital realizado pelo Centro de Estudos de Capital de Risco da Escola de Administração de Empresas da FGV de São Paulo nos traz noticias animadoras com relação aos recursos disponíveis para investir nas empresas nascentes no Brasil.

A primeira boa noticia é que o investimento em empresas nascentes cresce 35% ao ano e os empreendimentos em estágio inicial ficam com 41% de todo os aportes de capital de risco feitos no país.

A segunda boa noticia é a distribuição por área desse capital: em 2011, as empresas de tecnologia de informação, infraestrutura, energia, farmácia e serviços para as classes C e D terão preferência na aplicação dos recursos. Isso significa uma opção clara pela busca da inovação como caminho e valorização dos diferenciais competitivos que o empreendedor esteja trazendo.

A terceira informação que impressiona é o volume do investimento: de 144 fundos entrevistados, de um total de 180 que estão em atividade no Brasil, em 2009 o capital comprometido com os investimentos era de 36,1 bilhões de dólares contra 8 bilhões em 2005. Desses 36,1 bilhões reservados para investimento, já foram aplicados 18,2 e o restante deve ser distribuído por cerca de 500 empresas.

Essas informações mostram que não será por falta de capital que as empresas nascentes brasileiras terão seu sucesso emperrado. Resta agora criar as demais condições para que tenhamos resultados favoráveis. Isso implica em trabalhar para reduzir a burocracia que atrapalha e que cujos pontos críticos vêm sendo apontados há muitos anos.

Em nossa avaliação abre-se um espaço de atuação para as aceleradoras de empresas: na medida em que todo este dinheiro venha a ser utilizado de modo otimizado, resultados muito positivos para o país e para os investidores e empreendedores vinculados às empresas beneficiadas pelos aportes serão obtidos em prazos curtos.

Esta melhoria de qualidade do investimento é o objetivo das aceleradoras de empresas: elas podem ajudar muito o empreendedor a encurtar o caminho, pela objetividade das ações e pela experiência aportada no desenvolvimento de empresas nascentes. A associação das aceleradoras e dos fundos de investimento é o caminho para ampliar os resultados favoráveis.

Precisamos estimular empreendedores brasileiros que já demonstraram sua competência em criar e desenvolver empresas vencedoras a virem operar aceleradoras e chamar os fundos de investimento a apostar nesses empreendedores, associando-se a eles e criando as condições objetivas para sua atuação.

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