O 2º. Censo Brasileiro da Indústria de Private Equity e Venture Capital realizado pelo Centro de Estudos de Capital de Risco da Escola de Administração de Empresas da FGV de São Paulo nos traz noticias animadoras com relação aos recursos disponíveis para investir nas empresas nascentes no Brasil.
A primeira boa noticia é que o investimento em empresas nascentes cresce 35% ao ano e os empreendimentos em estágio inicial ficam com 41% de todo os aportes de capital de risco feitos no país.
A segunda boa noticia é a distribuição por área desse capital: em 2011, as empresas de tecnologia de informação, infraestrutura, energia, farmácia e serviços para as classes C e D terão preferência na aplicação dos recursos. Isso significa uma opção clara pela busca da inovação como caminho e valorização dos diferenciais competitivos que o empreendedor esteja trazendo.
A terceira informação que impressiona é o volume do investimento: de 144 fundos entrevistados, de um total de 180 que estão em atividade no Brasil, em 2009 o capital comprometido com os investimentos era de 36,1 bilhões de dólares contra 8 bilhões em 2005. Desses 36,1 bilhões reservados para investimento, já foram aplicados 18,2 e o restante deve ser distribuído por cerca de 500 empresas.
Essas informações mostram que não será por falta de capital que as empresas nascentes brasileiras terão seu sucesso emperrado. Resta agora criar as demais condições para que tenhamos resultados favoráveis. Isso implica em trabalhar para reduzir a burocracia que atrapalha e que cujos pontos críticos vêm sendo apontados há muitos anos.
Em nossa avaliação abre-se um espaço de atuação para as aceleradoras de empresas: na medida em que todo este dinheiro venha a ser utilizado de modo otimizado, resultados muito positivos para o país e para os investidores e empreendedores vinculados às empresas beneficiadas pelos aportes serão obtidos em prazos curtos.
Esta melhoria de qualidade do investimento é o objetivo das aceleradoras de empresas: elas podem ajudar muito o empreendedor a encurtar o caminho, pela objetividade das ações e pela experiência aportada no desenvolvimento de empresas nascentes. A associação das aceleradoras e dos fundos de investimento é o caminho para ampliar os resultados favoráveis.
Precisamos estimular empreendedores brasileiros que já demonstraram sua competência em criar e desenvolver empresas vencedoras a virem operar aceleradoras e chamar os fundos de investimento a apostar nesses empreendedores, associando-se a eles e criando as condições objetivas para sua atuação.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Fundos de Capital Semente
Os Fundos de Capital Semente estão chegando gradativamente e se formando aos poucos, na medida em que os investidores entendem o risco real que assumem e as possibilidades de ganho que tem nesses tipos de fundos.
Os Fundos de Capital Semente apoiam as empresas nascentes e as novas. Este apoio consiste na sua capitalização em troca de uma parcela de suas cotas ou ações, assumindo o risco de sucesso desses empreendimentos. Como se pode perceber são empresas que atravessam o momento de maior risco em seu ciclo de vida, mas que oferecem o maior premio pelo bom resultado.
O apoio dos Fundos de Capital Semente às empresas investidas necessita ser maior que simplesmente o investimento financeiro e o controle da implantação dos planos dessas empresas. É necessário, até mesmo para reduzir o risco, lhes fornecer serviços de mentoria. O melhor caminho para isso é a constituição de parcerias com incubadoras, especializadas em desenvolver empresas nascentes, para que estas realizem este serviço.
Ainda assim, sob o ponto de vista do investidor individual é possível que a opção de colocar recursos financeiros nos Fundos de Capital Semente seja pouco competitiva como alternativa de investimento. É que não existe ainda histórico desses Fundos de Capital Semente para que se possa apresentar ao investidor e convencê-lo que vale a pena ter uma parcela de seu dinheiro aplicado neste tipo de fundo.
O remédio encontrado pela FINEP para estimular a criação dos Fundos de Capital Semente foi participar de seu capital e aceitar que, em caso de insucesso do fundo ao fim de sua vigência, seu capital poderia cobrir até 20% dos eventuais prejuízos. Ainda, na hipótese de sucesso, a FINEP abre mão de receber sua parcela do lucro em prol dos demais investidores, que passam a aumentar seu percentual de ganho com o Fundo.
Outro aspecto desse tipo de fundo que afasta os investidores é a sua duração: o ciclo de vida ideal para que os Fundos de Capital Semente venham a produzir resultados positivos é de sete anos. Os investidores, portanto, depositam suas aplicações no Fundo e aguardam sua liquidação sete anos depois, sem poder retirar seu investimento. Nos tempos atuais, de muitas oscilações na economia e de incertezas quanto ao futuro, investir por sete anos é algo que assusta os investidores e os afasta desse tipo de aplicação.
Uma resposta a isso tudo poderia ser a formação de grupos organizados de investidores em capital anjo: nesse caso, o investimento seria feito por empresa, com duração de dois a quatro anos em cada uma. Esta hipótese de investimento pode ter seu sucesso ampliado com a parceria com incubadoras que orientariam as empresas investidas, além dos próprios anjos investidores.
O aspecto que pode ser mais vantajoso nos Fundos de Capital Semente é a redução do risco pelo compartilhamento do investimento em diversos empreendimentos. No caso do investimento anjo, se a empresa investida tiver sucesso o resultado que pode ser obtido é muito bom e talvez supere o de um Fundo de Capital Semente. Mas, em caso de ter sido feita a aposta numa empresa que não se desenvolve, fica difícil encontrar formas de saída e recuperação do capital investido.
Como de pode compreender, há um caminho difícil e longo a ser vencido pelos Fundos de Capital Semente para que possam obter investidores e realizar a sua importante missão que é muito desejável no ambiente empreendedor brasileiro.
Francamente, pela experiência que temos tido com a incubação de empresas nascentes e seu desenvolvimento na fase de pós-incubação há oportunidades estimulantes para que os investidores obtenham ganhos competitivos. Isso é verdade tanto nos investimentos como anjos quanto nos Fundos de Capital Semente. As empresas nascentes e novas, especialmente as que têm o apoio das incubadoras de primeiro nível, tem um potencial de crescimento nos seus primeiros cinco anos de vida na medida em que façam projetos de desenvolvimento, bem planejados e com o suporte de uma boa mentoria.
Os Fundos de Capital Semente apoiam as empresas nascentes e as novas. Este apoio consiste na sua capitalização em troca de uma parcela de suas cotas ou ações, assumindo o risco de sucesso desses empreendimentos. Como se pode perceber são empresas que atravessam o momento de maior risco em seu ciclo de vida, mas que oferecem o maior premio pelo bom resultado.
O apoio dos Fundos de Capital Semente às empresas investidas necessita ser maior que simplesmente o investimento financeiro e o controle da implantação dos planos dessas empresas. É necessário, até mesmo para reduzir o risco, lhes fornecer serviços de mentoria. O melhor caminho para isso é a constituição de parcerias com incubadoras, especializadas em desenvolver empresas nascentes, para que estas realizem este serviço.
Ainda assim, sob o ponto de vista do investidor individual é possível que a opção de colocar recursos financeiros nos Fundos de Capital Semente seja pouco competitiva como alternativa de investimento. É que não existe ainda histórico desses Fundos de Capital Semente para que se possa apresentar ao investidor e convencê-lo que vale a pena ter uma parcela de seu dinheiro aplicado neste tipo de fundo.
O remédio encontrado pela FINEP para estimular a criação dos Fundos de Capital Semente foi participar de seu capital e aceitar que, em caso de insucesso do fundo ao fim de sua vigência, seu capital poderia cobrir até 20% dos eventuais prejuízos. Ainda, na hipótese de sucesso, a FINEP abre mão de receber sua parcela do lucro em prol dos demais investidores, que passam a aumentar seu percentual de ganho com o Fundo.
Outro aspecto desse tipo de fundo que afasta os investidores é a sua duração: o ciclo de vida ideal para que os Fundos de Capital Semente venham a produzir resultados positivos é de sete anos. Os investidores, portanto, depositam suas aplicações no Fundo e aguardam sua liquidação sete anos depois, sem poder retirar seu investimento. Nos tempos atuais, de muitas oscilações na economia e de incertezas quanto ao futuro, investir por sete anos é algo que assusta os investidores e os afasta desse tipo de aplicação.
Uma resposta a isso tudo poderia ser a formação de grupos organizados de investidores em capital anjo: nesse caso, o investimento seria feito por empresa, com duração de dois a quatro anos em cada uma. Esta hipótese de investimento pode ter seu sucesso ampliado com a parceria com incubadoras que orientariam as empresas investidas, além dos próprios anjos investidores.
O aspecto que pode ser mais vantajoso nos Fundos de Capital Semente é a redução do risco pelo compartilhamento do investimento em diversos empreendimentos. No caso do investimento anjo, se a empresa investida tiver sucesso o resultado que pode ser obtido é muito bom e talvez supere o de um Fundo de Capital Semente. Mas, em caso de ter sido feita a aposta numa empresa que não se desenvolve, fica difícil encontrar formas de saída e recuperação do capital investido.
Como de pode compreender, há um caminho difícil e longo a ser vencido pelos Fundos de Capital Semente para que possam obter investidores e realizar a sua importante missão que é muito desejável no ambiente empreendedor brasileiro.
Francamente, pela experiência que temos tido com a incubação de empresas nascentes e seu desenvolvimento na fase de pós-incubação há oportunidades estimulantes para que os investidores obtenham ganhos competitivos. Isso é verdade tanto nos investimentos como anjos quanto nos Fundos de Capital Semente. As empresas nascentes e novas, especialmente as que têm o apoio das incubadoras de primeiro nível, tem um potencial de crescimento nos seus primeiros cinco anos de vida na medida em que façam projetos de desenvolvimento, bem planejados e com o suporte de uma boa mentoria.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
MODELO DE NEGÓCIO
O modelo de negócio é o primeiro aspecto que o empreendedor deve se preocupar para fazer um bom plano de negócios. Sem ele, não há possibilidade de se construir uma base sólida para este plano.
Mas, quais são os componentes que devem estar presentes em um modelo de negócio? Em primeiro lugar, deve ficar claro o que estamos vendendo, isto é, o que vai gerar renda para o empreendimento.
Parece que é simples, mas nem sempre é obvio. Por exemplo, a Google pode parecer que vende informações, uma vez que a maioria das pessoas entra em seu sítio para buscar informações e consegue com facilidade descobrir muito do que deseja. Entretanto, ninguém paga explicitamente pelas informações que consegue: a despesa é do anunciante. Logo, o que é vendido pela Google são anúncios e as informações se constituem em um modo de atrair as pessoas a verem os anúncios.
Em segundo lugar, o modelo de negócio contempla o público ao qual a empresa vai vender: quem são essas pessoas e quais são as suas características. Muitas vezes para saber definir bem o público-alvo é necessário fazer pesquisas de mercado, para entender a abrangência, o tamanho e suas necessidades.
Em terceiro lugar, o modelo de negócio deverá estabelecer a maneira como será feita a venda: de que modo atingir os clientes. Isso irá definir como iremos montar o processo de venda e preparar os membros da equipe de vendedores.
Em quarto lugar, devemos definir a política de preços que será adotada. Se escolhermos o critério de preço como forma de obter mercado, pode significar que iremos praticar valores baixos e que isso vai definir que os produtos e serviços que serão oferecidos devem seguir o critério de quem vende pelo menor preço do mercado. Se optarmos por atender a um público mais sofisticado, poderemos buscar valores mais altos, mas devemos oferecer produtos do tipo “premium”.
Finalmente, para completar o nosso modelo de negócio devemos pensar em quais serão nossos concorrentes e observar o benchmark do mercado que vamos trabalhar. Essas características serão determinantes para orientar a nossa atuação: olhar como os líderes se comportam sempre ajuda a nos mostrar a melhor forma de posicionamento.
Enfim, quem consegue ter um modelo de negócios completo e bem articulado terá uma boa base para construir um plano de negócios que tenha sucesso em seus objetivos.
Mas, quais são os componentes que devem estar presentes em um modelo de negócio? Em primeiro lugar, deve ficar claro o que estamos vendendo, isto é, o que vai gerar renda para o empreendimento.
Parece que é simples, mas nem sempre é obvio. Por exemplo, a Google pode parecer que vende informações, uma vez que a maioria das pessoas entra em seu sítio para buscar informações e consegue com facilidade descobrir muito do que deseja. Entretanto, ninguém paga explicitamente pelas informações que consegue: a despesa é do anunciante. Logo, o que é vendido pela Google são anúncios e as informações se constituem em um modo de atrair as pessoas a verem os anúncios.
Em segundo lugar, o modelo de negócio contempla o público ao qual a empresa vai vender: quem são essas pessoas e quais são as suas características. Muitas vezes para saber definir bem o público-alvo é necessário fazer pesquisas de mercado, para entender a abrangência, o tamanho e suas necessidades.
Em terceiro lugar, o modelo de negócio deverá estabelecer a maneira como será feita a venda: de que modo atingir os clientes. Isso irá definir como iremos montar o processo de venda e preparar os membros da equipe de vendedores.
Em quarto lugar, devemos definir a política de preços que será adotada. Se escolhermos o critério de preço como forma de obter mercado, pode significar que iremos praticar valores baixos e que isso vai definir que os produtos e serviços que serão oferecidos devem seguir o critério de quem vende pelo menor preço do mercado. Se optarmos por atender a um público mais sofisticado, poderemos buscar valores mais altos, mas devemos oferecer produtos do tipo “premium”.
Finalmente, para completar o nosso modelo de negócio devemos pensar em quais serão nossos concorrentes e observar o benchmark do mercado que vamos trabalhar. Essas características serão determinantes para orientar a nossa atuação: olhar como os líderes se comportam sempre ajuda a nos mostrar a melhor forma de posicionamento.
Enfim, quem consegue ter um modelo de negócios completo e bem articulado terá uma boa base para construir um plano de negócios que tenha sucesso em seus objetivos.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Empresas Juniores
Mal o Carnaval acabou e recebo uma correspondência do Presidente da Empresa Junior da PUC-Rio com alguns relatos e em busca de algumas soluções. Coincidentemente, na semana antes do Carnaval eu havia tratado de Empresas Juniores na sala de aula virtual (estúdio onde apresento minha aula retransmitida aos alunos em diversos locais).
As Empresas Juniores são muito importantes para os alunos das Universidades e devem ser incentivadas e abrigadas pelos núcleos de empreendedorismo, como já fazem muitas Universidades brasileiras.
Mas, o que uma Empresa Junior oferece ou deveria oferecer a um jovem aluno de uma Universidade? Para aquele que ainda está começando a sua vida profissional, terá uma visão panorâmica de todo um processo de uma empresa. Na Empresa Junior ele vai ter de obter o cliente, vender um serviço de consultoria para realizar um determinado objetivo, estabelecer o plano de como vai realizar aquele projeto com a equipe obtida entre os membros da Empresa Junior e depois gerenciar o projeto, buscando a satisfação do cliente com a entrega do resultado.
Convenhamos que, para um jovem universitário, significa uma experiência do ciclo completo de funcionamento de uma empresa de consultoria. Encontrar o cliente, abordá-lo e descobrir o que ele necessita, é uma fase de aprendizagem extraordinária, que traz uma percepção de como funciona a cabeça do cliente, seus objetivos e preocupações: isso não se ensina na Universidade e começar pela Empresa Junior é uma maneira ideal.
Depois de obtido o cliente e de compreendido o desafio a ser enfrentado, é uma segunda etapa da aprendizagem: o membro da Empresa Junior terá de planejar uma solução. Para isso, deve ter acesso a um professor orientador da Universidade e também deve poder consultar projetos análogos que já tenham sido desenvolvidos. A formulação desta proposta de solução para atender ao cliente, com os recursos que serão empregados para esse fim, os preços e formas de seu pagamento é o que o deve ser feito.
Novamente, vem uma fase de negociação com o cliente: ele precisa aceitar a solução, concordar com prazos de execução, preços cobrados e sua forma de pagamento. Somente assim ter-se-á um contrato a ser cumprido.
Com o contrato na mão, o jovem empreendedor da Empresa Junior deverá passar à execução do projeto. Vai compor a equipe de trabalho com o pessoal da Empresa Junior e passará a gerenciar o projeto. Novamente é algo que a Universidade pode ensinar como fazer a gerência do projeto, mas a experiência prática proporcionada pela Empresa Junior é mais uma oportunidade de aprendizagem.
Vencida a etapa de realização do projeto, o jovem da Empresa Junior terá a oportunidade de aprender a manter a expectativa do cliente durante todo o contrato: ajustando estas expectativas quando apresentar soluções intermediárias e satisfazendo o cliente quando chegar aos produtos a serem entregues. Compreender insatisfações, aprender a evitá-las e chegar ao sucesso da realização, com a implantação do que o cliente reconhece como a solução de seu problema são momentos de intenso amadurecimento do universitário.
O movimento de Empresas Juniores precisa ser valorizado e seu crescimento melhora a qualidade dos alunos das Universidades.
Já do ponto de vista de quem contrata uma Empresa Junior, além de ser uma oportunidade para conseguir menores preços com uma boa dose de inventividade, é usado por empresas de maior porte como forma de descobrir talentos numa fase embrionária de sua vida profissional.
As Empresas Juniores são muito importantes para os alunos das Universidades e devem ser incentivadas e abrigadas pelos núcleos de empreendedorismo, como já fazem muitas Universidades brasileiras.
Mas, o que uma Empresa Junior oferece ou deveria oferecer a um jovem aluno de uma Universidade? Para aquele que ainda está começando a sua vida profissional, terá uma visão panorâmica de todo um processo de uma empresa. Na Empresa Junior ele vai ter de obter o cliente, vender um serviço de consultoria para realizar um determinado objetivo, estabelecer o plano de como vai realizar aquele projeto com a equipe obtida entre os membros da Empresa Junior e depois gerenciar o projeto, buscando a satisfação do cliente com a entrega do resultado.
Convenhamos que, para um jovem universitário, significa uma experiência do ciclo completo de funcionamento de uma empresa de consultoria. Encontrar o cliente, abordá-lo e descobrir o que ele necessita, é uma fase de aprendizagem extraordinária, que traz uma percepção de como funciona a cabeça do cliente, seus objetivos e preocupações: isso não se ensina na Universidade e começar pela Empresa Junior é uma maneira ideal.
Depois de obtido o cliente e de compreendido o desafio a ser enfrentado, é uma segunda etapa da aprendizagem: o membro da Empresa Junior terá de planejar uma solução. Para isso, deve ter acesso a um professor orientador da Universidade e também deve poder consultar projetos análogos que já tenham sido desenvolvidos. A formulação desta proposta de solução para atender ao cliente, com os recursos que serão empregados para esse fim, os preços e formas de seu pagamento é o que o deve ser feito.
Novamente, vem uma fase de negociação com o cliente: ele precisa aceitar a solução, concordar com prazos de execução, preços cobrados e sua forma de pagamento. Somente assim ter-se-á um contrato a ser cumprido.
Com o contrato na mão, o jovem empreendedor da Empresa Junior deverá passar à execução do projeto. Vai compor a equipe de trabalho com o pessoal da Empresa Junior e passará a gerenciar o projeto. Novamente é algo que a Universidade pode ensinar como fazer a gerência do projeto, mas a experiência prática proporcionada pela Empresa Junior é mais uma oportunidade de aprendizagem.
Vencida a etapa de realização do projeto, o jovem da Empresa Junior terá a oportunidade de aprender a manter a expectativa do cliente durante todo o contrato: ajustando estas expectativas quando apresentar soluções intermediárias e satisfazendo o cliente quando chegar aos produtos a serem entregues. Compreender insatisfações, aprender a evitá-las e chegar ao sucesso da realização, com a implantação do que o cliente reconhece como a solução de seu problema são momentos de intenso amadurecimento do universitário.
O movimento de Empresas Juniores precisa ser valorizado e seu crescimento melhora a qualidade dos alunos das Universidades.
Já do ponto de vista de quem contrata uma Empresa Junior, além de ser uma oportunidade para conseguir menores preços com uma boa dose de inventividade, é usado por empresas de maior porte como forma de descobrir talentos numa fase embrionária de sua vida profissional.
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