Com o título acima, certamente você pensou que iríamos tratar da tecnologia aplicada ao cinema, em particular dos filmes Avatar e Alice? Isso deixaremos para outros especialistas. Pretendemos analisar a situação particularmente especial que encontramos no Brasil, composta por várias características, mas deixando de lado qualquer conotação política.
Um ponto importante é que os países emergentes agora são vistos como a esperança para superação e redução dos efeitos da crise econômica. Claro que a China está liderando esse grupo, aspecto relevante devido a seu porte. Mesmo sem considerá-la, o conjunto desses países é relevante com as contribuições dadas por Índia, Rússia (apesar de suas dificuldades internas), África do Sul, Austrália, Polônia e Brasil.
Outro ponto fundamental é o processo de inclusão. No caso do Brasil, nos últimos três anos, cerca de 18 milhões de habitantes foram integrados ao mercado consumidor. Houve o crescimento das classes C e D que caracterizou novos hábitos de consumo e outras maneiras de vender.
Mas a evolução não é apenas uma questão de mercado. Trata-se também da sustentabilidade. O próprio termo pode ter sentidos diferentes. O mais usado até agora tem sido a sua relação com o meio ambiente. Diz-se que o crescimento é sustentável quando é possível manter sua forma de trabalho, gerando resultados e sem causar impactos negativos nas comunidades do entorno. O termo ainda pode significar o crescimento com políticas e estratégias éticas não só com o meio ambiente, mas com empregados, consumidores e investidores.
Se observarmos o Brasil dos últimos quinze anos, notamos que muitas empresas brasileiras se tornaram de grande porte e com atuação no mercado internacional. Nos anos 70 do século passado, poderíamos citar duas ou três grandes empresas brasileiras e, provavelmente, todas eram estatais. Hoje, elas são de porte significativo no mundo, em diversas áreas, inclusive naquelas em que a tecnologia é a base do negócio, como no caso da Embraer. Podemos citar grandes empresas brasileiras em diversos setores: Banco Itaú, Vale, Gerdau, Brasil Foods, entre outras.
O mercado interno cresceu e ganhou características diferentes. O exterior se abriu a produtos brasileiros, além das tradicionais commodities. Superamos uma crise econômica gigantesca antes de diversos países ricos. Em contrapartida, continuamos a ter graves problemas internos, não só de infraestrutura física, mas também a falta da formação de mão-de-obra, a inadequação dos sistemas de educação e de saúde em todos os níveis. Tudo isso, ao lado de oportunidades relevantes para nos tornarmos grandes exportadores que preveem crescimento alto para o nosso mercado interno. Se tomarmos como referência tais fatores, veremos que é necessário repensar a estratégia das empresas.
Teremos de estabelecer uma nova metodologia para pensar a atuação das empresas brasileiras, considerando essas novas dimensões. É comum procurarmos o estabelecimento de metas e a forma de cumpri-las, do mesmo modo como quando tínhamos de ampliar o mercado interno e atender a cotas de exportação, muitas das quais vinham definidas pelas matrizes estrangeiras. Entretanto, novas dimensões se acrescentam. A primeira, representada por uma visão do futuro, considerando a evolução do processo de globalização e as oportunidades e ameaças que resultam daí para projetar a empresa sem se prender ao que ela é hoje. A segunda, seria a sustentabilidade, tomada sob o aspecto da preservação do meio ambiente, mas com foco em políticas e ações empresariais mais permanentes e que contribuam para sua incorporação à marca.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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