terça-feira, 2 de outubro de 2012
A economia pode ajudar o empreendedorismo
Estamos vivenciando uma situação em que os investimentos em renda fixa estão cada vez menos rentáveis, muitas vezes nem preservam o capital. Além disso, a crise econômica tem uma forte probabilidade de se alongar e de trazer mudanças para a forma de desenvolvimento do mundo. Então, onde encontrar uma aplicação que efetivamente traga resultados para o investidor?
Um aspecto que estamos percebendo é a diminuição dos percentuais representativos do aumento anual do PIB. Começando pela Europa, podemos afirmar que nos próximos anos o crescimento do PIB será bem baixo, numa faixa de 1 a 3% ao ano. Em compensação, não podemos deixar de reconhecer que a economia melhorou pela redução dos riscos de grandes problemas, devido à atuação do Banco Central Europeu, em socorro dos bancos e dos países.
Com relação aos Estados Unidos também podemos notar a redução do patamar de crescimento e constatar a atuação do FED que é no mesmo sentido de reduzir o risco e atuar para melhorar os pontos mais sensíveis da economia.
No Brasil, o empenho governamental de encontrar soluções que ajudem a indústria e que incentivem o investimento é também uma constatação positiva. Podemos até dizer que tem bases reais: a redução das taxas de juros beneficiou muito o governo, o maior devedor do país, permitindo uma sobra de recursos que estavam previstos para pagar o serviço desta dívida e que agora pode ser convertida em reduções de impostos, ainda que não lineares, uma vez que o governo preferiu distribuir as “bondades” para determinados setores.
Fica clara a necessidade de reduzirmos o consumo exagerado em benefício de crescer o investimento, especialmente na infraestrutura. Nosso contraponto é com a China, que precisa ampliar o consumo e reduzir o investimento para poder aumentar a proteção social, com a instituição de pagamento de aposentarias e melhoria da estrutura médica governamental. Esta redução de investimento leva a um crescimento mais moderado, apesar de ainda alto, numa faixa de 7% ao ano.
Este ambiente mais moderado de evolução econômica e uma maior proteção contra o risco abre um espaço, onde o empreendedorismo e a criação de empresas, especialmente as inovadoras, passam a ser alternativa para a obtenção de maiores taxas de remuneração do capital, como compensação do risco inerente a novos empreendimentos.
Alie-se a isso, o amadurecimento de alguns setores de apoio a novas empresas com a criação de aceleradoras de empresas bem estruturadas e com a maior atratividade dos investidores pelas “startups”.
Vamos participar de mais esse passo na trajetória do empreendedorismo brasileiro.
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